Kostyuk desespera: «Cheguei a um ponto em que estava ter pensamentos muito perigosos»
Marta Kostyuk tem apenas 19 anos e é uma das tenistas ucranianas mais vocais em relação à guerra que se trava no seu país devido à invasão das forças russas. A número 60 do ranking WTA pede constantemente que os jogadores russos se pronunciem sobre a guerra, mas agora veio confessar as dificuldades por que tem passado.
“Nas últimas horas, o pai de um tenista amigo meu morreu e a sua casa está totalmente destruída. Não consigo descrever o que sinto. As duas primeiras semanas foram horríveis e com o tempo estou a tentar assimilar tudo. Há uns tempos comecei a trabalhar com um psicólogo que me está a ajudar muito. Cheguei a um ponto em que estava a ter pensamentos muito perigosos. Podem imaginar o que era. É horrível ver que o inferno no meu país não acaba e que não se sabe o que vem a seguir. Pergunto-me para que serve a minha vida, o que devo fazer com ela”, confessou à CNN.
Kostyuk garantiu ainda que mudou a sua forma de ver as coisas. “A única coisa que desejo é não me sentir uma vítima e não transmitir isso nas minhas declarações. Ao início só passava isso. Agora mudei a minha perspetiva e vejo que não devo ficar em silêncio nem fazer-me de vítima. Deixei de chorar e pedir ajuda para me centrar nas necessidades reais, enquanto tento ser uma profissional do ténis”, rematou.