Kontaveit: «Achei que nunca seria sequer top 100 mundial»

Kontaveit: «Achei que nunca seria sequer top 100 mundial»

Por José Morgado - outubro 26, 2022
kontaveit

Depois de uma temporada de 2021 memorável, que lhe garantiu a subida ao segundo posto do ranking WTA, Anett Kontaveit viveu um ano difícil em 2022. Apanhou covid-19 (e lidou muito mal com a doença), perdeu muitos encontros de forma inesperada e acabou por termina a época fora do top 10, o que não a desanima para o futuro.

COVID MARCOU A TEMPORADA

“Durante muitos meses estava sempre muito cansada em todos os encontros. Foi muito complicado. Não conseguia respirar bem nos treinos, muito menos nos encontros — e isso era terrível. Quando levantava de manhã já estava cansado, apesar de ter dormido 11 horas. Costumo acordar bem cedo, cheia de energia pela manhã depois de dormir oito horas. Naquela fase eu não me sentia eu mesma, por isso os resultados em Roland Garros e Wimbledon não foram os melhores”.

O CIRCO DO WTA

“Do ponto de vista do marketing é difícil promovê-lo porque estamos sempre a ter novas campeãs. Por outro lado, o interessante é que qualquer uma pode ganhar contra qualquer uma, nunca ninguém sabe quem ganha! O nível do ténis feminino é tão alto que te obriga a estar sempre a cem por cento, ninguém entrega nada. Para mim era uma situação nova estar entre as 10 primeiras e ser a número dois, tive que me acostumar a isso. O que Iga (Swiatek) conseguiu nos últimos meses é excelente.”

TORBEN BELTZ RUMO 2023

“Não estamos juntos há muito tempo, Wimbledon foi o nosso primeiro torneio. Ele tem uma ótima visão do meu jogo, é uma pessoa muito gentil, mas faz-me trabalhar muito em court e é aí que essa gentileza desaparece um pouco. Acho que isso me dá o equilíbrio certo. Sou muito competitiva, um pouco teimosa, posso até ser egoísta. O meu estilo de jogo adapta-se à minha personalidade, jogo de forma agressiva e gosto de tomar a iniciativa”.

  • Categorias:
  • WTA
Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com