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Koehler: «Foi a decisão mais difícil da minha vida, custou-me muito»
Maria João Koehler colocou um ponto final na carreira de tenista profissional, uma decisão que a deixa “triste”, mas diz-se preparada e motivada para iniciar novo desafio como treinadora na Academia de Rafael Nadal, em Maiorca.
“Foi a decisão mais difícil da minha vida. Custou-me muito, mas foi algo bastante pensado e ponderado. Causa-me muita tristeza, afinal foi a minha vida durante muitos anos e abdiquei de diversas coisas pelo ténis, algo que sempre me apaixonou. Mas senti que tinha de o fazer”, conta a jovem de 26 anos, que atingiu o seu melhor ‘ranking’ WTA de sempre (103.ª) em 2013, em declarações à agência Lusa.
Desde então, sofreu quatro intervenções cirúrgicas, uma ao pulso e três ao joelho direito, sendo que a primeira foi em 2015 e as outras duas no último mês de setembro, e nunca mais conseguiu voltar ao nível que a levou a ser considerada uma das melhores jogadoras portuguesas de todos os tempos.
“O motivo não foi só a lesão no joelho, embora nos últimos anos não tenha conseguido treinar a 100 por cento e jogar como queria. Tive algumas lesões que me limitaram, mas não terá sido só isso. Após a última operação não tinha garantias que voltaria a jogar a um bom nível, o que para mim seria andar no top-100 e jogar cerca de 30 semanas por ano, porque o meu joelho provavelmente não aguentaria e, por isso, senti que estava na hora de terminar a carreira e tomar um novo rumo”, explica.
Além de confessar que se sentia “cansada e desgastada física e mentalmente”, Maria João Koehler revela ter recebido uma proposta que a surpreendeu e entusiasmou, na sequência da conclusão do curso de Treinador Nível I, feito durante o período de recuperação à cirurgia em setembro, e de uma semana de aulas à experiência na Academia de Rafael Nadal.
“Estive em Maiorca uma semana em outubro e mais tarde, através do Nuno Marques [seu antigo treinador que trabalha na Academia de Rafael Nadal], perguntaram-me se estaria interessada em dar aulas. Tendo eu pouca experiência e querendo manter-me ligada ao ténis, não imagino melhor forma de começar este meu novo desafio”, concluiu a hexacampeã nacional absoluta (2009, 2010, 2011, 2012, 2013 e 2016), natural do Porto.
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