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José Ricardo Nunes: o algarvio de 31 anos com «uma história nos Nacionais»
Aos 31 anos, José Ricardo Nunes continua a acumular títulos no Campeonato Nacional Absoluto. Detentor de 12 troféus de campeão regional absoluto no Algarve, o jogador natural de Faro soma recordes atrás de recordes nacionais e na semana passada, na Beloura Tennis Academy, em Sintra, conquistou o título de campeão nacional absoluto em pares mistos, ao lado de Cláudia Gaspar. Ao Bola Amarela, o algarvio contou a sua história.
“Sim, já tenho uma história nos Nacionais. Em sub-12 fui vice-campeão nacional e fui às meias-finais no primeiro ano. Era um dos melhores. Fui campeão nacional de sub-14, em sub-16 não me lembro de ter feito nada, mas em sub-18 fui vice-campeão nacional, com 17 anos, e no último ano fui campeão nacional”, começou por dizer José Ricardo Nunes.
“Sou da idade do Frederico Marques, grande amigo meu. Ele é da minha geração e é o treinador do João Sousa. Também já fui campeão nacional de pares e pares mistos. Era dos melhores jogadores na altura, mas, por questões monetárias, estamos sempre a perder dinheiro e é muito difícil”, confessou o ex-número 1154 ATP, fazendo o balanço da semana na Beloura, em Sintra.
“Foi boa. Um dos meus objetivos para este campeonato era ganhar os pares mistos e, por isso, fico bastante contente, porque atingi o objetivo principal. A final foi dura, o Gonçalo Pereira joga muito bem pares. A Cláudia Cianci fez meia-final de singulares, também era uma jogadora difícil. No ano passado joguei com a mesma parceira deste ano e, desta vez, consegui ganhar”, revelou aquele que já foi número um do ranking nacional em sub 12, sub 14, sub 16, sub 18 e ainda é em seniores, tendo em 2016 perdido na final para Maria Palhoto e Felipe Cunha e Silva.
Na variante de singulares, este ano, José Ricardo Nunes alcançou as meias-finais, perdendo apenas para Daniel Rodrigues, jovem de 17 anos e jogador da casa, que acabou por perder na final para João Sousa, número um português e 59.º da hierarquia ATP.
“Foi a minha terceira meia-final de um Campeonato Nacional Absoluto. Tinha jogado contra o Rui Machado, no Clube de Ténis do Estoril. Ele ganhou esse Campeonato. Foi para aí há quatro anos. A outra foi em Guimarães, em que estava também mais fraco, sem jogar internacionais e fiz meias-finais”, revelou Ricardo Nunes, que no caminho até à final na Beloura chegou a beneficiar da desistência de João Monteiro, segundo pré-designado e 237.º do Mundo, devido a uma lesão no tornozelo contraída durante um treino.
“Não tive culpa de o João Monteiro ter desistido. Tive a felicidade ou a infelicidade de o meu amigo se ter lesionado, mas estive nos quartos de final por mérito próprio. Ganhei um encontro, fui cabeça de série, tive bye e também beneficiei disso, ao ser oitavo cabeça de série. Sou número um nacional e jogo torneios ao longo do ano, por isso sou logo o primeiro jogador a seguir aos internacionais”, rematou o algarvio.
Recorde-se que José Ricardo Nunes, a ganhar títulos nacionais desde 1997, bateu nos oitavos de final, no court João Sousa da Beloura Tennis Academy, Tomás Almeida, oriundo da fase de qualificação, por 6-2 e 7-5.
Consulte o currículo de José Ricardo Nunes em Campeonatos Nacionais
Fotografia: Jorge Cunha/AIFA
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