João Sousa: «Preferia ser número um a ganhar um Grand Slam»
A revista “GQ Portugal” de dezembro chegou nesta segunda-feira às bancas e nela veio mais uma entrevista que João Sousa concedeu durante a sua estadia em Portugal. Sempre à vontade perante as câmaras, como descreve o artigo, o número um nacional falou da sua temporada, agradeceu as palavras de Novak Djokovic e, claro, refletiu sobrev todas as melhorias que fez para chegar onde chegou.
Foi em pleno Hotel Tivoli que João Sousa se sentou à mesa com Marta Talhão, editora-chefe da GQ Portugal e também colaboradora do Bola Amarela. “Foi um ano com alguns baixos, mas mais altos, o que é muito importante”, começou por dizer o número 33 do mundo. “E, na carreira de um jogador, é muito importante conseguir manter esse nível durante muito tempo, o que acho que consegui fazer durante a maior parte do ano”.
Num ano em que somou mais um título ATP, Sousa coloca a fasquia cada vez mais alta para o que aí vem, mas admite que é mais difícil lidar com as suas próprias expectativas do que com aquelas que as pessoas à sua volta criam:
“É bom que as pessoas falem bem de mim, ouvir que me reconhecem pelo trabalho que tenho realizado, mas, realmente, nesse aspeto dos resultados, é algo a que já habituei mal as pessoas, porque fazer quatro finais num ano não é normal. Deve haver dez jogadores no mundo que fizeram quatro finais”
“Se, há três, quatro anos, disséssemos que isso ia acontecer, chamavam-nos malucos”, acrescentou o jogador de 26 anos, fotografado por Branislav Simoncik e com o styling de Jan Kralicek. Uma vez mais, João Sousa aproveitou para referir que não tem um mau feitio, mas apenas um desejo de competição bastante apurado: “dentro do campo, acredito que seja porque sou muito competitivo, então, por vezes, é difícil aceitar esses momentos menos bons. No entanto, foi uma coisa que melhorei nos últimos anos”.
Quem também foi tema de conversa foi Novak Djokovic, que, para João Sousa, é o jogador que mais mais incrível dentro do Big Four pela sua capacidade “de passar da defesa para o ataque”, embora express admiração também por Rafael Nadal e Roger Federer. O português expressou ainda um agradecimento pelas palavras do número um mundial depois do seu título em Valência: “são palavras que guardo com carinho e, obviamente, vindas do número um e num momento de forma incrível são muito bonitas”.
Por fim, João Sousa confessou que nunca pensou conseguiu chegar onde chegou mas que ainda há coisas a melhorar: “é o bom do desporto. Acho que ainda não tenho a corda esticada”. Questionado sobre um objetivo que gostasse de alcançar, o vimaranense referiu a vitória no Estoril Open como algo “real”e “ganhar um Grand Slam” como o objetivo inatingível, embora preferisse chegar ao topo do ranking pois “é muito mais difícil consegui-lo”.
Leia mais na edição impressa da “GQ Portugal” de dezembro.