João Sousa: «O Murray foi enorme em todos os aspetos»
João Sousa, 33.º colocado do ranking mundial, tem sido um dos protagonistas do sucesso da seleção portuguesa na Taça Davis. No entanto, as atenções do vimaranense centraram-se esta terça-feira no escocês Andy Murray, segundo classificado ATP, que fez história no fim de semana ao empurrar a Grã-Bretanha para o primeiro título na maior competição masculina por equipas desde 1936.
“É um jogador que já defrontei várias vezes e todas elas foram diferentes, mas também melhores. Na última [segunda ronda de Roland Garros, em maio], levei-o à discussão de quatro sets [2-6, 6-4, 4-6, 1-6] e no terceiro até tive alguma vantagem, incluindo ponto de break [para fazer 3-1]. É um jogador que conheço bem e um excelente atleta”, começou por dizer o número um português ao jornal O JOGO.
“Ter ganho todos os encontros não só confirma tratar-se de um dos melhores do mundo, como revela ter desenvolvido um trabalho muito meritório ao longo da época. No fundo, o Murray foi enorme em todos os aspetos, principalmente pelo esforço para estar presente em todas as eliminatórias. Dou-lhe os parabéns, bem como a toda a equipa da Grã-Bretanha”, sublinhou Sousa, comentando o facto de Murray ter ganho todos os encontros que disputou na Taça Davis em 2015 (oito de singulares e três de pares).
Apesar de nunca ter conseguido derrotar Andy Murray no circuito profissional em seis tentativas, o pupilo de Frederico Marques não poupou elogios ao seu ténis. “Para além de fazer parte do Big 4, é muito completo, sólido, desgasta os adversários desde o início, obrigando-os a jogar no limite, demonstrando ainda que fisicamente é muito forte e retira grande proveito disso”, confessou.
No domingo, Andy Murray fechou com chave de ouro a final frente à comitiva da Bélgica, derrotando no último embate o belga David Goffin, 16.º ATP, e fixando o resultado em 3-1 para a Grã-Bretanha.