Sai de cabeça erguida: Guerreiro João Sousa joga ténis de luxo mas não resiste a Nadal em Madrid
João Sousa, 35.º do ranking ATP, voltou a mostrar esta sexta-feira a razão pela qual é conhecido como o “Conquistador”. O vimaranense esteve muito perto de elevar ainda mais alto o nome de Portugal, roubou um set ao rei da terra batida, Rafael Nadal, mas acabou por ceder pelos parciais de 6-0, 4-6 e 6-3, em 2h05, nos quartos de final do Masters 1000 de Madrid, em Espanha, sob o olhar atento da sua família e de Cristiano Ronaldo.
Um dia depois de ter alcançado pela primeira vez na carreira os oitavos de final de uma prova deste nível e a entrada inédita no top 30 ATP, Sousa entrou em campo demasiado tenso frente ao número cinco mundial e nove vezes campeão de Roland Garros. No entanto, após a paragem na segunda partida para o teto ser fechado devido à chuva, o português apelou ao seu instinto de sobrevivência e inverteu o resultado de forma categórica.
A partir do segundo set, o pupilo de Frederico Marques, que não havia feito qualquer winner no parcial inaugural, começou a jogar o seu melhor ténis e a encostar o maiorquino às cordas, vencendo um parcial a um ex-número um mundial pela segunda vez, depois de tê-lo feito diante de Roger Federer no torneio de Halle, na Alemanha, em 2014. Apesar de Sousa ter elevado o nível, Nadal forçou a nota e acabou por ser superior nos momentos de maior importância.
Com esta derrota, João Sousa despede-se do Masters 1000 de Madrid e falha a oportunidade de superar o compatriota Fred Gil em resultados de eventos desta categoria – Gil foi quarto-finalista do torneio de Monte Carlo, em 2011. Quanto ao ranking mundial, Sousa vai surgir esta segunda-feira no 30.º posto da hierarquia ATP, consolidando a melhor classificação de sempre de um tenista português.