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João Monteiro em entrevista: «Sempre acreditei muito em mim e vou continuar a acreditar»
Tem 22 anos, é natural do Porto, mas foi em várias cidades de todo o mundo que se tornou, sem sombra de dúvidas, um dos grandes nomes portugueses do ano. João Monteiro concluiu o curso de Economia na Virginia Tech, universidade dos Estados Unidos, e foi lá que esteve quatro anos a frequentar o circuito universitário. Mas a paixão pelo ténis começou cedo e graças a “um professor de ténis que tinha no condomínio”.
“A partir desse momento nunca parei”, começou por dizer Monteiro, em entrevista ao Bola Amarela, sempre apoiado pela família quando tomou a decisão de ir para os Estados Unidos. “Apoiou-me na ida para lá! Era uma oportunidade única e tinha de a aproveitar. Senti que ainda não estava preparado para o circuito”, reforçou o português, que só este ano decidiu dedicar-se a cem por cento à competição profissional.
“Na verdade, este foi o ano em que apostei mais no ténis! Sempre tive a ideia de trabalhar quando acabasse o curso… e foi o que fiz. Depois de começar a trabalhar senti que não estava a ser feliz e quis voltar a jogar, desta feita de uma forma profissional”, sublinhou, sabendo que tem “portas abertas” nos Estados Unidos caso as coisas não corram como esperado. No entanto, a felicidade resume o presente.
“Não queria muito pensar nas opções se não correr bem! Isso é algo que vou procurar se for necessário, porque neste momento estou feliz e a fazer o que gosto. Sinto que, se necessitar, tenho trabalho lá”, confessou João Monteiro, a ocupar atualmente o melhor ranking de carreira, o 588.º posto ATP, e logo num ano em que se sagrou nada mais, nada menos do que campeão nacional absoluto.
“Não interessa quem joga ou deixa de jogar, porque ser campeão nacional é sempre muito especial. Voltar a conquistar um título destes sete anos depois é muito especial, principalmente depois de estar a viver fora. Tenho apenas 12 torneios desde que voltei a Portugal, e nunca tinha feito um ano como profissional. É um bom começo e deixou bons indicadores para o ano de 2017”, disse o portuense, com bons índices de auto-confiança.
“Eu acredito muito em mim! Sempre acreditei e vou continuar a acreditar… Tenho tido a sorte de estar rodeado de pessoas que também acreditam em mim e isso tem ajudado muito a melhorar. Sinto que posso melhorar bastante! Claro que neste momento existe um ‘teto’, mas trabalhando da forma que tenho trabalhado e com a motivação bem alta tudo se consegue”, admitiu Monteiro, que sente que nunca treinou tão “no duro” como agora.
Numa época em que também conquistou o seu primeiro e único título future do currículo em Idanha-a-Nova, em meados de julho, João Monteiro, que nessa prova portuguesa chegou a bater pelo caminho quatro compatriotas – Nuno Borges, Nuno Deus, Tiago Cação e Fred Gil – vai buscar também a sua motivação ao sucesso dos portugueses de topo, como João Sousa e Gastão Elias.
“O ténis português está provavelmente a atravessar o melhor momento da história e só pode trazer mais motivação para mim e para todos os jogadores que tentam alcançar o topo. Eles não o alcançaram por acaso e nós temos de perceber que é preciso muito trabalho para isso acontecer”, rematou.
Inquérito Q&A
- Ídolo de infância no ténis? Pete Sampras
- Ídolo sem estar relacionado com o ténis? Elon Musk
- Pancada preferida no ténis? Esquerda
- Cidade favorita? Nova Iorque
- Dia ou noite? Dia
- Praia ou neve? Praia
- Carne ou peixe? Carne
- Música ou cinema? Cinema
- Ganhar um título do Grand Slam ou ser número um do mundo? Ser número um do mundo
- Modalidade favorita para além do ténis? Futebol e hóquei no gelo
- Jogadora mais bonita no circuito WTA? Ana Ivanovic
- Melhor amigo no circuito? Não tenho
- Jogador português com quem te relacionas melhor? Dou-me bem com todos praticamente, mas passei muitas semanas com o Gonçalo Falcão
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