João Domingues e a chuva: «Acho que foi a primeira vez que tive de entrar quatro vezes em court»
João Domingues, número quatro português e 190.º do ranking mundial ATP, garantiu este domingo o acesso à última ronda o qualifying do Millennium Estoril Open 2018, após uma vitória em parciais diretos (7-5 e 6-1) diante do italiano Alessandro Giannessi, e em conferência de imprensa explicou como foi lidar com a chuva e as paragens durante o embate.
“Acho que foi a primeira vez que tive de entrar quatro vezes. Não é fácil. Treinei para aí umas 10 vezes. É sempre uma gestão difícil. A atualização é feita de meia em meia hora, mas acho que consegui estar tranquilo ao ponto de estar bem mentalmente quando fui jogar. Ouvi música e estive na fisioterapia durante as pausas”, começou por dizer Domingues, que conseguiu entrada diretamente na fase de qualificação e não foi contemplado com um convite para o quadro principal.
“Eu vim preparado para jogar o qualifying. Entrei direto no qualifying. Para mim isso é basicamente um não assunto. É um torneio privado que pode convidar quem quiser”, confessou o oliveirense, quanto ao facto de Frederico Silva, com ranking inferior a si, ter sido contemplado com um convite para o quadro principal.
Em 2017, Domingues foi uma das grandes figuras, ao ultrapassar a fase de qualificação e atingir os oitavos de final. “Em relação ao ano passado foi incrível, foi uma boa experiência. Este ano sou um jogador diferente, já fiz bons jogos, estou a amadurecer a um nível bem superior ao do ano passado. Este ano já fiz bons resultados. Estou a jogar bem, mas não me concentro só num torneio, por isso tento sempre fazer o melhor resultado possível. Na minha carreira, que espero que seja longa, quero evoluir como jogador e como pessoa”, disse, tendo objetivos definidos.
“O objetivo é chegar ao top 100 este ano, mas vamos estabelecendo objetivos consoante o estado em que me encontro, a nível tenístico, físico. É um planeamento a lápis, por isso vou sempre ajustando com a equipa técnica”, sublinhou Domingues, que tem como treinadores André Podalka, João Antunes e Daniel Sualehe.
“Continuo sem patrocínios. Não é fácil mas felizmente tenho uma grande ajuda dos meu pais. Sem eles não estava a jogar ténis, desde pequeno até agora. Neste momento sendo top 200 não se é dependente a esse ponto. Não tenho nenhum patrocínio, estamos à procura, mas não é fácil”, rematou.