Jabeur: «Sempre me imaginei a discursar com o troféu de campeã, agora preciso de levantá-lo»

Jabeur: «Sempre me imaginei a discursar com o troféu de campeã, agora preciso de levantá-lo»

Por Nuno Chaves - julho 7, 2022
epa10057137 Ons Jabeur of Tunisia celebrates after winning the women’s semi final match against Tatjana Maria of Germany at the Wimbledon Championships, in Wimbledon, Britain, 07 July 2022. EPA/NEIL HALL EDITORIAL USE ONLY

Ons Jabeur fez história ao qualificar-se para a final do torneio de Wimbledon. A número dois mundial está muito perto de concretizar o sonho de se tornar numa campeã de Grand Slam, ainda assim, é preciso vencer mais um encontro. A tunisina está consciente do feito mas ainda quer mais.

PASSAGEM À FINAL DE WIMBLEDON

É incrível, é o tipo de resultado que esperava. Agora falta mais um encontro, mais um passo para seguir e, oxalá, que consiga o título. Muitas vezes imaginei-me a dar um discurso com o troféu, agora preciso de levantá-lo. Sei que o posso fazer, odeio dececionar-me a mim mesma. Ganhar no sábado significaria muito mas a Elena também joga muito bem, será um encontro duro entre dois estilos totalmente diferentes. Oxalá escrevem o meu nome depois de ir para o campo.

SONHO EM VENCER WIMBLEDON

O verdadeiro sonho começou no ano passado, quando desfrutei muito a jogar aqui. Não joguei tantas vezes o torneio e quando o fiz cheguei apenas à primeira ou segunda ronda. É complicado jogar em relva mas estava convencida de que, com o meu jogo, iria conseguir jogar bem algum dia. No ano passado, quando perdi, disse à minha psicóloga que ia voltar no ano seguinte para lutar pelo título, depois dos quartos de final. Adoro tudo o que há aqui, era o meu principal objetivo desde que começou a temporada, mesmo desde o ano passado.

IMPORTÂNCIA DA PSICÓLOGA

Sempre tive uma treinadora mental, estou com a Melanie desde finais de 2016. Sempre acreditei que era uma função vital para o nosso desporto. Respiramos muito, meditamos muito, falamos muito, falo muito com ela sobre o bom que é expressar todos esses sentimentos, todo o stress. Antes era uma pessoa incapaz de lidar com muito stress, por isso, tenho de me habituar, o mais importante é aceitar, já que é um desporto muito duro. Sei que estava destinada a ser jogadora de ténis e estou orgulhosa disso.

Jornalista na TVI; Licenciado em Ciências da Comunicação na UAL; Ténis sempre, mas sempre em primeiro lugar.