Ana Ivanovic conta as reais razões por detrás da retirada
Ana Ivanovic foi profissional durante 13 temporadas. Desde que entrou no top 25, em 2005, não voltou a terminar uma época pior classificada do que a 22.ª posição. Até 2016. Foi 11 anos consecutivos top 25 no final do ano, 9 dos quais top 20 e três dos quais uma das cinco melhores jogadoras da temporada (2007, 2008 e 2014). Uma época de 2016 para esquecer deu-lhe os sinais que ela precisava: estava na hora de parar.
“O meu corpo dizia-me para parar. Apesar de ter apenas 29 anos, sinto que já não tenho condições para competir ao mais alto nível. E se não é para ser uma das melhores, não quero jogar. Quero que o ténis se mantenha como aquilo que mais amo e não como algo que me provoca dores e me obriga a fazer coisas que não quero”, confessou em declarações ao jornal britânico ‘Times’.
Ivanovic, que manteve o discurso positivo e negou todos os rumores de retirada durante a temporada, confirma agora que a decisão de abandonar o ténis não foi tomada de um dia para o outro. “Era algo que já estava na minha cabeça há algum tempo. Este ano passei mais tempo em casa, com a minha família, com tempo para fazer as minhas coisas e foi uma vida à qual me habituei e que gosto. Nunca na minha vida estive tanto tempo seguido no mesmo local e precisava disto”.
A verdade é que Ivanovic disputou a IPTL ainda este mês e voltou aos treinos com vista a competir em janeiro, mas a decisão final terá sido tomada quando não se sentiu em condições físicas de jogar ao mais alto nível no início de 2017. Desde 2005, quando se estreou em torneios do Grand Slam, Ivanovic não mais falhou um major. Foram 48 consecutivos, a 7.ª maior série da história da modalidade.