Isner se despede no US Open: “Nunca pensei ter sucesso por tanto tempo”

Aos 38 anos, John Isner vai se despedir do tênis profissional no US Open depois de 16 anos no mais alto nível onde conquistou 16 títulos – o mais importante em Miami, em 2018. O norte-americano, que chegou a ser número 8 do mundo, concedeu coletiva nesta sexta-feira (25) e aproveitou para fazer um balanço da sua carreira.

COMO FOI SER NÚMERO 1 DOS EUA DURANTE TANTO TEMPO?

Nunca senti que fosse um peso, sei que todos os jogadores antes de mim são do Hall of Fame, não preciso mencionar os seus nomes. Nunca senti que fosse uma carga ser número 1 dos Estados Unidos. Cheguei ao circuito profissional sem muito pressão, não tinha muitas expetativas, isso ajudou-me muito.

FELIZ COM A CARREIRA QUE TEVE

Ultrapassou as expectativas. Nunca imaginei ter tanto sucesso durante tanto tempo. Há muitos jogos que adoraria voltar, mas preparei o melhor que pude durante 17 anos. Não me arrependo de nada, isso é certo.

Creio que o tênis norte-americano está num bom lugar. Isso pode continuar porque o número 1 é bastante bom e jovem. Temos muitos tenistas que podem lutar por um Grand Slam. O Tiafoe ficou a um set da final do ano passado.

Leia também:

– US Open 2023: quem ganhou e quem perdeu no sorteio da chave masculina
– Alcaraz revela qual é a maior virtude de Djokovic que ele gostaria de ter
– Nadal volta a treinar em quadra pela primeira vez em três meses

MOMENTOS QUE FICAM

Não há dúvidas de que o jogo com o Mahut em 2010 em Wimbledon. Foi um jogo louco. A vitória contra o Roddick aqui em 2009 também foi um ponto de mudança na minha carreira. Creio que ele era o número 5 do mundo. Foi incrível ganhar na Arthur Ashe, com o seu ambiente. Não tinha nenhuma pressão em mim e consegui aproveitar.

Tive muitos momentos incríveis, alguns também não tão bons. Vivi experiências incríveis na Copa Davis. Ganhei do Federer na Suíça uma vez. A quadra estava horrível, saliências por toda a parte. Ele não gostou, eu adorei. Quanto pior estiver a quadra, melhor para mim. No geral, destaco mais as memórias com os meus amigos no circuito, estes últimos anos com a minha família, muito especial.

O QUE VAI SENTIR MAIS SAUDADES?

Vou estranhar a competição. Não creio que vá sentir saudades dos treinos porque ultimamente foi complicado. Não consegui fazer como antes, o meu corpo não permite. Por isso é que sofri tanto nos resultados deste ano. Não estive completamente saudável. Também vou sentir saudades do ambiente de alguns jogos.