De forma surpreendente, foi Keys quem entrou muito mais solta, deixando Sabalenka desorientada ao ponto de liderar por 5-1 e ter um break point no serviço da belarussa. A número 1 ainda reagiu até ao 3-5, mas foi quebrada de novo e o sonho da norte-americana ganhava forma. No entanto, a segunda parcial mostrou a força mental da líder do ranking, com pressão desde o início no serviço de Keys: a primeira quebra surgiu no terceiro game, a segunda chegou no quinto e tudo se simplificou.
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Mas mérito seja dado à número 14 do mundo, que vai voltar ao top 10 na próxima semana direto para o sétimo lugar, igualando seu melhor ranking da carreira. Quando podia parecer que Sabalenka tinha pisado no acelerador e já não daria chances, Keys voltou a equilibrar e o terceiro set foi marcado por domínio absoluto do serviço, sem um único games indo para deuce até o 12º. A americana se agigantou para fugir de um tie-break decisivo que seria inédito na história das finais do Australian Open e conquistar o primeiro título de Grand Slam na carreira.
Uma história de redenção e paciência para Keys que, depois de ser dominada na final do US Open de 2017 contra a amiga Sloane Stephens, trabalhou para agora ter outra oportunidade e derrubar a sequência incrível de Sabalenka para fazer história. Aos 29 anos, este troféu ninguém lhe tira.