Halep insiste que foi contaminada e irá processar a marca do suplemento 'faltal'

Halep insiste que foi contaminada e irá processar a marca do suplemento ‘faltal’

Por José Morgado - setembro 12, 2023
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Minutos após receber a sua sentença de quatro anos de suspensão divulgada pela Agência para a Integridade do Tênis (ITIA), a romena Simona Halep pronunciou-se sobre a decisão e disse que não se conforma nem aceita a punição que irá até 2026.

“O último ano foi o mais duro da minha vida e, infelizmente, a luta continua. Tenho dedicado toda a minha vida ao tênis. Levo as regras do meu esporte muito a sério e tenho orgulho de nunca ter intencionalmente utilizado uma substância proibida. Recuso-me a aceitar a punição de quatro anos”, disse a ex-número 1 do mundo, que se diz “chocada e desapontada” com a decisão, apesar de afirmar que os seus advogados apresentaram provas a seu favor. “Acredito num esporte limpo e, durante cerca de duas décadas como jogadora, passei por cerca de 200 testes de sangue, todos limpos, até 29 de agosto de 2022. Antes da temporada norte-americana de verão do ano passado, ajustei os meus suplementos nutricionais após recomendações da minha equipe, na qual confio. Nenhum deles constava na lista de substâncias proibidas, mesmo que tivéssemos tido conhecimento de que um deles estava contaminado com o roxadustat. Fui testada semanalmente após o resultado positivo no fim de agosto até o início de 2023, e todos os testes foram negativos.”

Halep continuou e disse que o seu passaporte biológico começou a ser investigado somente após conhecerem a sua identidade. “De repente, dois ou três especialistas mudaram as suas opiniões para favoráveis à ITIA. A ITIA confiou somente nesses especialistas, que só olharam para os meus parâmetros de sangue que mantive iguais durante 10 anos. Eles ignoraram o fato de não ter substâncias proibidas, com exceção do dia 29 de agosto.”

A romena, recorde-se, vai recorrer para o Tribunal Arbitral do Esporte.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 13 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: josemorgado@bolamarela.pt