Greg Rusedski «O ténis vai sentir falta de Novak, Roger e Rafa, mas não será o fim do mundo»

Greg Rusedski «O ténis vai sentir falta de Novak, Roger e Rafa, mas não será o fim do mundo»

Por Nuno Fonseca - novembro 23, 2018
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Aposentado desde 2007, Greg Rusedski, ex-tenista britânico, analisou as recentes exibições de Khachanov e Zverev, antevendo uma mudança no mapa do mundo do ténis. Apesar de olhar com naturalidade para uma viragem da atual situação, Rusedski garante que o “ténis vai sentir falta de Novak, Roger e Rafa”, mas que “não será o fim do mundo”.

O agora comentador, que durante a sua carreira enquanto tenista profissional conquistou 15 títulos ATP, é uma das vozes mais respeitadas do meio. O seu conhecimento sobre o jogo e a participação ativa em quase todos os torneios atestam a credibilidade da sua previsão.

Os recentes triunfos de Karen Khachanov e Alexander Zverev, nos dois últimos grandes torneios da temporada, podem ter causado muita confusão nos seguidores do ténis, mas para o ex-tenista britânico estas conquistas são vistas como um presságio da mudança há muito anunciada.  “Passámos anos à espera de algum sinal da juventude, e agora vemos que estão prontos para o assalto ao topo. Há um novo lote de jogadores que já se começa a forçar e que está muito próximo de virar a situação.”

Karen Khachanov e Alexander Zverev descolaram no final desta temporada, e as recentes conquistas podem, na opinião de Greg, ser exatamente o que precisavam. “Os jovens precisam de um resultado que lhes dê confiança.”

Todavia, o comentador britânico reconhece que a mudança que se avizinha, apesar de natural, não será fácil para a nova fornada de tenistas. Os tenistas do Big3 já demonstraram, em diversas situações, que podem competir pelos lugares do topo, mesmo quando enfrentam a descrença dos aficionados do desporto. Sobre este tema, Rusedski revelou, através do seu ponto de vista, o segredo para a longevidade do sucesso de Nadal, Federer e Djokovic. “O segredo de Roger, Rafa e Novak é que, além de excecionalmente talentosos, demonstraram uma enorme ética de trabalho e sacrifícios durante muitos anos. Não duvido que terão das melhores carreiras de todos os tempos, porque conseguiram conjugar muitos fatores”.

Ainda assim, Greg segue convicto que a mudança poderá estar para breve e, de uma forma muito positiva, acrescentou mais uma interessante reflexão. “Quando André Agassi e Pete Sampras se iam retirar, parecia que o mundo ia terminar. O mundo do ténis sentirá saudades, mas surgirão novos tenistas incríveis capazes de levar o desporto ao seu ponto mais alto.”