Goolagong rendida a Barty: «Quando a vi com 13 anos disse que ia ser a nossa próxima campeã»

Goolagong rendida a Barty: «Quando a vi com 13 anos disse que ia ser a nossa próxima campeã»

Por Pedro Gonçalo Pinto - julho 11, 2021
epa09335626 Ashleigh Barty of Australia reacts after winnning her women’s final match against Karolina Pliskova of Czech Republic at the Wimbledon Championships, Wimbledon, Britain 10 July 2021. EPA/FACUNDO ARRIZABALAGA EDITORIAL USE ONLY

Ashleigh Barty nunca escondeu o peso que tinha conquistar Wimbledon neste ano. Afinal de contas, até se vestiu a rigor para homenagear Evonne Goolangong, cujo primeiro título no All England Club celebrou nesta edição o 50.º aniversário. Com as duas a terem raízes indígenas, Barty sempre sentiu essa ligação e olha para Goolagong como um ídolo, tendo afirmado mesmo no discurso que a esperava ter deixado orgulhosa. Objetivo cumprido.

“Estou mesmo tão orgulhosa da Ash, pela maneira como ela faz as coisas, não apenas dentro de court, mas fora também. É fantástico que ela tenha conquistado o seu primeiro Grand Slam em Roland Garros porque também foi o meu primeiro. Mas é mágico quando se alcança o sonho de Wimbledon. Tenho a certeza de que foi mágico para ele”afirmou, hoje com 69 anos.

Mais do que isso, Goolagong lembrou-se do primeiro dia em que viu Barty jogar. Era pequenina, mas já mostrava o talento que hoje em dia a coloca no topo do mundo do ténis feminino. “Fiquei orgulhosa dela desde a primeira vez que vi a Ash. Ela devia ter uns 13 anos e estava a jogar o Australian Open. Mostrou todas as qualidades. Fez slices, volley, smash, tudo num só jogo. Disse logo que ela tinha o que era preciso e que ia ser a nossa próxima campeã”confessou. Em cheio!

E o vestido parece ter mesmo dado sorte… “Ela é como uma irmã para mim. Uma das últimas mensagens que lhe mandei foi a dizer que os sonhos se concretizam e que se iam concretizar para ela. Eu estava mesmo confiante. E gostei muito de ver aquele vestido! Disse-lhe que a mim me tinha dado sorte”revelou.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt