Gastão Elias: «Faltaram-me 10 quilos de músculo… parecia um homem a bater num menino»
Gastão Elias, número dois português e 111.º do ranking mundial, foi travado esta terça-feira na primeira ronda do Lisboa Belém Open, prova de nível challenger disputada no CIF, no Restelo. Em conferência de imprensa após o desaire, o jogador natural da Lourinhã apontou as condições do court como a principal razão da derrota.
“Faltaram-me 10 quilos de músculo. Sentia-me num encontro de sub-14 contra um homem, devido às condições que estavam muito melhores para ele do que para mim. Em nenhum momento consegui fazer o jogo que eu queria, porque ele… com aquela altura e com aquela força parecia um homem a bater num menino”, começou por dizer Elias, que não resistiu ao belga Joris de Loore, 201.º do Mundo, por 7-6(2) e 6-4.
“Estou triste por não ter conseguido jogar o ténis devido ao facto de o court estar muito lento para mim. Não conseguia fazer nada, usar os meus padrões de jogo, não tinha nenhuma arma e só conseguia ganhar o jogo se ele ficasse cansado. De outra forma não tinha hipótese nenhuma de ganhar. Aguentei-me o máximo que pude, a correr e a defender, porque não tinha força para mais nem bícepes para mais”, confessou o português, que nas próximas semanas viaja até Itália, disputando os eventos challenger de Todi e Milão.
Elias optou por não disputar a fase de qualificação de Wimbledon, cujo quadro principal tem início a 3 de julho. “Não vou a Wimbledon. Primeiro, porque detesto o qualifying de Wimbledon, é a coisa mais vergonhosa que existe no circuito. É pior do que um future. Depois não vou fazer preparação para Wimbledon, porque não tem nada a ver com o que fazemos durante o resto do ano. E como quero estar no US Open, achei melhor jogar os challengers em terra batida”, rematou.