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Fred Gil: «O meu nível não é de Futures nem de Challengers. É de ATP»
Fred Gil é um nome que vai ter sempre um lugar muito especial na história do ténis português. O luso foi o primeiro jogador nacional a atingir uma final de um torneio ATP – Estoril Open em 2010 – e tornou-se, igualmente, no primeiro tenista português a chegar ao top 65 do ranking mundial. Ainda assim, Gil, atualmente no 437º posto da hierarquia, encontra-se a disputar torneios Future, mas sempre com os olhos num possível regresso às provas mais importantes do circuito, fruto do bom começo de temporada, em que já conta com uma final.
Numa longa entrevista ao canaltenis, o antigo número 1 nacional admite ter pretenções de voltar aos torneios do Grand Slam. “Os meus objetivos são chegar ao top 300 em singulares e manter o melhor ranking possível em pares. No entanto, o meu objetivo principal está em voltar ao top 300 em singulares para ter acesso a torneios mais importantes como Challengers e qualificações de Grand Slams”, admitiu.
Com 32 anos, Fred Gil continua a acreditar nas suas capacidades, referindo que o seu nível… é para torneios ATP. “Não é fácil ser um bom jogador, estar longe da família, das coisas que gostas. As exigências são muito altas e há que estar preparado para jogar bem. Creio que vou voltar a jogar um ATP. Nos últimos anos joguei o Estoril Open com wild card, mas acredito que vou subir. O meu nível não é de Futures, nem de Challengers. O meu nível é de ATP, por isso creio que o futuro está aí”.
Questionado sobre a diferença entre disputar Grand Slams e provas mais baixas, o tenista português foi claro. “Há muita diferença. A motivação, o dinheiro, a bola, os árbitros. Tudo é diferente. Nos torneios grandes é mais fácil ter motivação do que os mais baixos porque há menos meios de comunicação, prémios, pontos. Tudo isso conta. O ambiente, as pessoas, a energia das pessoas. Tudo isso me afeta. Afeta aos bons e aos maus, a toda a gente”.
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