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Fred Gil: «Disse ao João que se quisesse a minha ajuda podia contar comigo»
O dia de Fred Gil no Millennium Estoril Open, este domingo, teve tanto de produtivo como de desgastante, ao precisar de jogar três sets para garantir a passagem à segunda e útlima ronda do qualifying, mas o português de 33 anos não mostrou sinais de estar com pressa na sua passagem pela sala de imprensa.
Entre o muito que disse, respondendo com a habitual franqueza às perguntas que lhe foram sendo feitas, o sintrense de 33 anos revelou ter-se oferecido para ajudar João Sousa durante esta semana. “Acho que o João pode, claramente, ganhar este torneio”, começou por dizer o antigo número um nacional.
“Ele pode chegar às ‘meias’ ou à final”, continuou, “já o fez em outros países, em torneios mais difíceis. O João tem esse nível e esse potencial, mas acho que tem alguma dificuldade em lidar, na minha opinião, com o factor ‘casa'”.
Na tentativa de ajudar João Sousa, que continua à procura da primeira vitória no CT Estoril, Gil chegou-se à frente. “Disse-lhe, a ele e ao Frederico Marques, que se quisessem a minha ajuda neste Estoril Open para lidar com essa situação podiam contar comigo. Gosto muito do João e acho que ele pode dar um passo em frente nesse sentido.
“Para mim, é simples lidar com isso, tenho alguma facilmente nesse sentido e acho que o faço bem. Sinto que poderia ajudar um bocadinho nesse campo, mas isso é a decisão deles, ele têm a sua equipa não quero estar a substituir ninguém”.
“Não tive esse apoio de ninguém e acho normal. Não há muita gente com a postura que eu tenho”
A ajuda oferecida foi dirigida ao número um nacional juntamente com um convite. “Estava à procura de um parceiro para jogar pares e a minha prioridade era jogar com o João. Achei que podíamos fazer um bom par e, paralelamente, ajudá-lo um bocadinho nesse sentido de lidar melhor com o factor ‘casa’. Ele agradeceu e disse que já tinha um parceiro, o Leonardo Mayer. A essa questão da ajuda não me deram resposta, e eu respeito”..
Gil confessou ainda que, na altura em que esteve mais em baixo, nenhum colega teve para consigo a atitude que ele gosta de ter para com os mais jovens, mas revelou que isso não o surpreende. “Não tive esse apoio de ninguém e acho normal. Perante a sociedade que temos e a maneira de pensar das pessoas acho muito normal. Tive ajuda de amigos mas não de ex-jogadores e colegas. Não há muita gente com a postura que eu tenho”.
Gil volta a pisar a terra batida do Clube de Ténis do Estoril esta segunda-feira, para defrontar o norte-americano Tim Smyczek, primeiro cabeça-de-série. Relembre-se que a última vez que o antigo número mundial venceu dois encontros a este nível foi em 2015, também na fase de qualificação da prova ATP 250 nacional.
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