Fognini: «Há muito hype em torno do Sinner, ele mal ganhou três encontros»
Fabio Fognini, número 11 do ranking ATP e um dos melhores tenistas italianos da última década, é mais um dos tenistas que está em quarentena em Itália, um dos países mais afetados pelo novo coronavírus. Numa interessante entrevista ao jornal italiano ‘Corriere Della Sera’, o campeão do Masters 1000 de Monte Carlo de 2019 explicou como tem passado os dias.
“Nunca tinha passado tanto tempo em casa. Os primeiros dias foram difíceis: A Flávia e eu estávamos tensos, preocupados. Entrámos numa espécie de mecanismo: ela amamenta o bebé, eu brinco com o Federico, ocasionalmente passo o aspirador. E está feito”, brincou o transalpino, que não tem grandes esperanças de um recomeço breve para o circuito e garante: não volta à Ásia. “Acho difícil imaginar um regresso rápido. Sinceramente, sinto muito, porque são grandes torneios e dão muitos pontos, mas não sei se voltarei mais à Ásia. Já às Olimpíadas de Tóquio deste ano eu não teria ido. O meu maior medo não é pegar o vírus, mas transmiti-lo. Eu já não estou mais sozinho no Mundo. Eu sou pai e marido”, lembrou.
Fognini pede que as expectativas em torno de Jannik Sinner acalmem. “O caso de Sinner é o típico caso italiano. Há muito hype da imprensa em torno dele, mas ele mal ganhou três encontros. Ele vai ser top 10, na minha opinião. Mas deixem-no crescer e depois falamos disso”.