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Ferrer: «Uma parte de mim está a ir embora. O US Open pode ser o meu último Grand Slam»
David Ferrer, de 36 anos, está a viver o pior momento da sua carreira desportiva. Fora do top 60 e a somar derrotas inesperadas todas as semanas, o ex-top 5 mundial deu uma entrevista ao programa ‘El Larguero’ da CADENA SER, onde falou com total abertura sobre esta fase da sua vida em que admite sentir-se perto do fim da carreira.
“Está-me a custar ver-me a 60 do Mundo, mas tenho de aceitar. Mentalmente encaro melhor as derrotas agora. Oxalá tivesse sido assim sempre. Houve alturas em que tinha muito mau perder… sempre. Chegava a estar um dia sem falar com a minha mulher depois de perder com o Rafa Nadal em terra batida, que é algo que acontece com todos”, confessou animado.
Ferrer não esconde que a reforma está cada vez mais próxima. “Uma parte de mim está a ir embora. Agora jogo sem expetativas e sinto que este trajeto da minha vida está a chegar ao final. Vou para este US Open como se fosse o meu último Grand Slam, porque pode mesmo ser. Tenho dores no tendão de Aquiles e praticamente não consigo descer escadas. Isso preocupa-me e está a ser um calvário”
E qual o sítio perfeito para o adeus ao ténis? “Gostava de me retirar em casa, com toda a minha família e amigos a ver. No Godó [ATP 500 de Barcelona] ou em Madrid!”.
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