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Fenómenos e flops: o que têm feito os últimos campeões de Grand Slam juniores?
A semana ficou marcada pelo primeiro título da carreira do jovem Alexei Popyrin, campeão em Singapura. Pode ser o primeiro de muitos para um jogador promissor, que no seu percurso tem Roland Garros no currículo… em juniores, claro, em 2017. Nesse sentido, decidimos olhar para os tenistas que têm conquistado troféus sub-18 nos Majors ao longo dos últimos e onde estão agora. Há fenómenos que confirmaram o potencial, outros que estão a começar a aparecer e outros que nunca fizeram a transição para o circuito ATP. Começamos a nossa contagem em 2015 e vamos até ao último Grand Slam de juniores que foi disputado: Roland Garros em 2020.
2015
O russo Roman Saffiulin conquistou o Australian Open e, aos 23 anos, está no seu melhor ranking da carreira: 164.º ATP. Tem 19 títulos no ITF World Tour, mas apenas um em Challengers, além de contabilizar somente duas vitórias de nível ATP. Noutra linha está Tommy Paul, que conquistou Roland Garros, como 52.º do mundo. O norte-americano bate à porta do top 50, mas ainda procura a sua primeira final. Já Reilly Opelka é o 38.º ATP (máximo foi 31.º) e conta com dois títulos em duas finais, isto depois ter vencido Wimbledon em sub-18. A finalizar, Taylor Fritz, outro norte-americano, é o número 33 (já foi 24.º), com 100 vitórias ATP e um título em cinco finais.
2016
O Australian Open foi conquistado por Oliver Anderson. Quem? Se nunca ouviu falar, não se sinta mal. É que este australiano terminou a carreira depois de, entre problemas físicos, ter confessado o envolvimento num esquema de apostas desportivas, ao perder de propósito um set num Challenger. O melhor ranking foi o número 639. Quem também ainda não conseguiu ‘furar’ o circuito foi Geoffrey Blancaneaux, francês que tem o 264.º posto como melhor ranking, mesmo com Roland Garros no currículo. Noutro extremo estão os vencedores de Wimbledon e US Open: Denis Shapovalov e Felix Auger-Aliassime, respetivamente. Shapovalov tem um título e já entrou no top 10, enquanto Auger-Aliassime foi 17.º e tem 7 finais perdidas.
2017
Além do referido caso de Alexei Popyrin, campeão em Roland Garros, 2017 tem casos curiosos. Zsombor Piros conquistou o Australian Open, mas está fora do top 400 e o melhor que alcançou foi a 338.ª posição, tendo agora 21 anos. Bem melhor está Alejandro Davidovich Fokina, que conquistou Wimbledon, já a bater à porta do top 50. Por outro lado, Wu Yibing é um tenista chinês que venceu o US Open e que ainda roubou um set a Kei Nishikori no Masters 1000 de Xangai em 2018. Ainda entrou no top 300, mas teve problemas físicos e agora esta fora do top 900 e não entra em ação desde março de 2019.
2018
Sebastian Korda está a viver o seu ano de afirmação, já com uma final ATP em 2021, depois de ter conquistado o Australian Open este ano de 2018. Já Chun-Hsin Tseng ‘limpou’ Roland Garros e Wimbledon, mas ainda procura afirmar-se ao mais alto nível. Aos 19 anos, o jogador de Taiwan é o 281.º ATP e procura dar o salto. Já Thiago Seyboth Wild é o 119.º e luta por um lugar no top 100, sendo que se sagrou campeão em Santiago no ano passado. Foi ele o vencedor do US Open.
2019
Lorenzo Musetti, que conquistou o Australian Open, é o mais avançado na sua fase de evolução, atualmente no 115.º lugar, com uma caminhada rumo aos ‘oitavos’ do Masters 1000 de Roma e às ‘meias’ da Sardenha. Tem 18 anos e aponta muito alto. Já Holger Rune, dinamarquês de apenas 17 anos, prepara-se para fazer a estreia em quadros ATP com um convite para Buenos Aires, sendo que tem quatro títulos no ITF World Tour. Quanto ao japonês Shintaro Mochizuki, é visto como o novo Kei Nishikori, sendo que ganhou Wimbledon e se estreou em Singapura no circuito ATP – perdeu facilmente na primeira ronda com o turco Altug Celikbilek. Quanto a Jonas Forejtek, o checo de 19 anos, que venceu o US Open, é o número 357 ATP e mais famoso por um vídeo enquanto criança a treinar com uma colher de pau.
2020
A última fornada de campeões do Grand Slam apresenta Harold Mayot, francês de 19 anos que ocupa o 411.º posto do ranking mundial e ainda procura os grandes momentos da carreira, contando com um título no ITF World Tour. Por outro lado, o suíço Dominic Stricker venceu Roland Garros e recebeu um wild card para jogar o Challenger de São Petersburgo esta semana. Tem 18 anos apenas e está fora do top 1000 por esta altura.
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