Federer calhou no grupo da morte? Keep calm: «Não vou ver a maioria dos jogadores, porque eles vão eliminar-se uns aos outros»
Convenhamos, no court ninguém dá por eles, mas nestas coisas Roger Federer não consegue esconder os seus bem vividos 35 anos. Enquanto se vão dizendo cobras e lagartos sobre o insano quadro masculino de Indian Wells, o suíço deixa as euforias de lado e, com o esclarecimento que lhe é conhecido, contempla, tranquilamente, um copo que, afinal, está meio cheio.
“Não vou ver a maioria dos jogadores porque eles vão eliminar-se uns aos outros”, disse o recordista de títulos do Grand Slam ao site do BNP Paribas Open. “A primeira mensagem que recebi dizia que ia ter Dudi Sela ou o Stephane Robert. Eu disse: ‘ok, tudo bem’. Depois ouvi dizer que tinha o Rafa [Nadal] na minha secção. Depois ouvi que talvez tivesse o Novak [Djokovic]”, contou.
“Não interessa”, é que, parecendo que não, são muitas anos a virar quadros. “Já passei por tantos quadros. Vim a Indian Wells para jogar contra os melhores. Não me interessa se é nas meias-finais, na final ou na quarta ronda. Eu sei que para vocês [jornalistas] importa. O único problema é que a maioria deles vai perder cedo e o quadro vai ficar aberto para outros jogadores. É a oportunidade de outros jogadores subirem no ranking”.
O facto de se apregoar que a prova californiana tem a secção do quadro mais forte da história dos torneios Masters 1000, com o helvético a ter a companhia de Novak Djokovic, Rafael Nadal, Juan Martín Del Potro, Nick Kyrgios e Alexander Zverev na parte inferior, não incomoda, em nada, Federer.
O campeão do Open da Austrália dá, destemidamente, o peito às balas. “É bom para mim jogar cedo com estes tipos. Estou ansioso por isso”, rematou Federer, que pode ter de reeditar, com Nadal, a final de Melbourne logo nos oitavos-de-final.