Ex-namorada de Zverev descreve agressões: «Levantou-me a mão várias vezes e eu culpava-me sempre»
Alexander Zverev está debaixo de fogo. No mesmo dia em que foi tornado público que uma das suas ex-namoradas, Brenda Patea, está grávida de cinco meses de um filho seu, outra das suas ex-namoradas, a antiga tenista russa Olya Sharipova, veio acusar o alemão de (agora) 23 anos de violência doméstica na relação que os dois mantiveram entre 2018 e 2019. Depois de um primeiro post enigmático no Instagram, Sharipova deu ao final da noite desta quarta-feira uma entrevista ao site russo ‘Championat’ onde abre o livro sobre a relação tumultuosa e apresenta mesmo algumas fotos do incidente de Nova Iorque.
“Fui passear com a Dasha Medvedeva [mulher de Daniiil Medvedev] em Nova Iorque e chegámos um pouco atrasadas. Ele ficou muito furioso por causa disso e discutimos. As nossas discussões nunca tinham razão. Nesse dia ele tentou estrangular-me com uma almofada, torceu-me os braços. Tentei fugir da sala várias vezes, mas ele não me deixou. No final lá conseguir correr descalça e com o telemóvel na mão. Escondi-me no lobby do hotel, mas ele veio atrás de mim e encontrou-me. Quis que eu voltasse para o quarto para conversar, mas eu recusei-me. Ele disse-me que ninguém ia querer saber de mim e eu fugi para a rua, descalça, sem saber para onde ir. Contactei um amigo que me ajudou”, revelou Sharipova numa entrevista forte e muito descritiva, onde revela que o top 10 ATP chegou a colocar as suas roupas fora do quarto, no meio do corredor do hotel.
A russa revela que os dois ainda fizeram as pazes depois deste episódio e que só terminaram definitivamente o namoro em outubro. “Passaram-se mais coisas graves das quais prefiro nem falar. Noutra altura poderemos falar sobre isto”, esclareceu Sharipova, que assegura que essa situação em Nova Iorque não foi a única em que Sascha foi agressivo. “Não foi a primeira vez que ele me levantou a mão. Aconteceu muitas vezes, mas eu culpava-me sempre a mim pelas coisas que se passavam.”
Sharipova contou por que razão decidiu acusar Zverev no mesmo dia em que uma outra ex-namorada revelou estar grávida. “Tive medo e precisei de tempo para falar. Demorei mais de um ano. A decisão de contar hoje foi pessoal e nada teve a ver com a questão do filho. O que aqui é importante é que ele assuma a responsabilidade pelos seus atos, sejam eles violência ou um filho. Não tenho medo de levar com processos ou reações negativas das pessoas que o defendem. Já lidei com coisas muito piores enquanto namorei com ele. E estou aqui”.