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Ex-mulher de Borg: «A sua dependência de cocaína era monstruosa»
Se aos 26 anos Bjorn Borg provou que as carreiras curtas podem, também elas, ser fartas em sucessos, ao abandonar a competição com 11 Grand Slams no palmarés e 109 semanas passadas no topo do ranking mundial, agora, o antigo campeão sueco, vem mostrar que os casamentos não precisam de durar uma vida inteira para serem repletos de intensos e inesquecíveis momentos.
Não por vontade própria, já que quem abre o livro da sua vida privada durante o final dos anos 80 e início da década de 90 é a cantora italiana Loredana Bertè, com quem foi casado durante quatro anos, precisamente entre 1989 e 1993. Na sua autobiografia, Bertè dedica longos parágrafos à sua atribulada relação com o ex-jogador de 59 anos.
“No início dos anos 90, a sua obsessão por cocaína voltou de forma irremediável. Passou a ser um perigo social. Em Milão, Borg foi para o meio da rua pedir droga às pessoas que passavam. Não se importava com a sua reputação ou consequências”, escreveu Bertè, assegurando que não foi só depois de se retirar do circuito (em 1983, tendo regressado de 1991 a 1993) que o antigo número um mundial passou a consumir drogas.
“A sua dependência de cocaína era monstruosa. Por culpa da cocaína não ganhou a John McEnroe na final de Wimbledon, em 1981, para vergonha da sua mãe, que tinha arranjado espaço em sua casa para o troféu”.
Das tentativas de suicídio às orgias
As histórias sobre Borg, o seus vícios e as suas obsessões sucedem-se na autobiografia da cantora de 65 anos. “Pediu-me cinco milhões de libras em dinheiro e, de seguida, soube que tinha tomado uma caixa inteira de Rohypnol, a droga dos violadores. Não tinha mudado, era o mesmo homem que em 89 se tinha tentado suicidar, e que só foi salvo graças a uma lavagem ao estômago”.
Referindo-se a Borg como “uma marionete com óculos de sol, um homem perdido e destruído”, Bertè vai ainda mais longe nas revelações. “Fazíamos jogos estranhos. Uma vez, enfiou-me uma pistola na boca para jogarmos roleta russa”, conta. “Já tinha acabado tudo entre nós e, para tentarmos encontrar uma latejo erótica, Bjorn dizia-me que devíamos ter sexo com outra pessoa. Queria fazer uma orgia, mas dava-me nojo só de pensar”.
Decidido a levar a sua a avante, Borg reservou o segundo andar de um hotel em Palm Springs “para encher de prostitutas”. “Elas tinham casacos de pele e chicotes na mão. Ele aproximou-se de mim de forma meiga para me tentar convencer a fazê-lo, ‘tens de ir em frente, Loredana, dar um salto mental’, disse-me. ‘És louco, vou estourar-te a cabeça’, protestei, e fui dormir para outro quarto”, explica detalhadamente a cantora transalpina, que diz ter passado demasiado tempo com Borg, devendo ter colocado um ponto final no casamento mais cedo.
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