Estoril Open confirma um primeiro top 10 para 2018

Estoril Open confirma um primeiro top 10 para 2018

Por admin - fevereiro 20, 2018

A 3Love, entidade promotora do Millennium Estoril Open, avançou esta terça-feira com o primeiro nome para quarta edição do único evento nacional do ATP World Tour. Trata-se do sul-africano Kevin Anderson, que inaugura o elenco da prova agendada para o Clube de Ténis do Estoril entre 28 de abril e 6 de maio.

Para João Zilhão, diretor do Millennium Estoril Open, a presença de Anderson representa um valor seguro. “É sempre garantia de competitividade em qualquer superfície e cada vez mais em terra batida, como aliás o provou na edição do ano passado ao atingir as meias-finais, na sequência dos dois melhores encontros do torneio – as vitórias no terceiro set diante de João Domingues e Richard Gasquet. Com uma diferença acentuada: há um ano, o Kevin Anderson procurava regressar ao seu melhor nível após várias lesões”.

E acrescenta: “Este ano, regressa como um dos favoritos graças ao estatuto de Top10, vice-campeão de um torneio do Grand Slam e com mais um título no seu currículo após ganhar o Open de Nova Iorque, na passada semana. E pode regressar também com uma classificação ainda melhor do que a atual, já que não tem pontos a defender até ao Millennium Estoril Open”.

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Numa era em que a média de alturas do circuito profissional masculino está mais elevada de que nunca, Kevin Anderson é um dos jogadores de maior estatura com os seus 2,03 metros – sendo mesmo o mais alto finalista de sempre de um torneio do Grand Slam.

Tal como outros sul-africanos, formou-se tenisticamente no circuito universitário norte-americano (representando a Universidade do Illinois) antes de se tornar profissional em 2008 – atingindo logo a última etapa do torneio de Las Vegas, e dando sequência a esse resultado com um triunfo sobre Novak Djokovic semanas depois, no Masters 1000 de Miami. Estabilizou-se dentro do top 100 em 2010 e, a partir daí, progrediu paulatinamente tanto no seu jogo como na hierarquia mundial. Veio ao Jamor dar conta desses progressos em 2011, cedendo apenas nos quartos-de-final diante do futuro finalista Fernando Verdasco.

Não se enganem os que pensam que, devido à imponente estatura, Kevin Anderson é um adepto incondicional do serviço-vólei e só sabe jogar em pisos rápidos: o sul-africano de 31 anos tem um excelente serviço, mas prefere ficar no fundo do court a dominar o ponto com a sua temível pancada de direita, embora cada vez mais se mostre à vontade no jogo de rede.

Arrecadou quatro títulos em 15 finais, sendo uma delas na terra batida (Casablanca, 2013); no pó-de-tijolo atingiu também por três vezes os oitavos-de-final em Roland Garros – protagonizando com Rui Machado uma das grandes maratonas da edição de 2012 do Grand Slam parisiense, salvando match-points para acabar por se impôr num longo quinto set que teve de ser concluído no dia seguinte.

Vice-Presidente do Players Council do ATP World Tour, Kevin Anderson perdeu na segunda ronda da edição inaugural do Millennium Estoril Open em 2015 (ano em que chegaria pela primeira vez ao top 10, após derrotar Andy Murray nos oitavos-de-final do US Open) e regressou na época transata para atingir as meias-finais – o seu primeiro grande resultado após resolver problemas físicos relacionados com uma anca, numa temporada de 2018 que o recolocou à porta dos 10 primeiros, após o sensacional trajeto até à final do US Open, onde perdeu apenas para Rafael Nadal.

A sua equipa técnica, comandada pelo norte-americano Brad Stine (que foi treinador de Jim Courier quando era número um mundial), integra também o fisioterapeuta português Carlos Costa. Com a mulher Kelsey fundou o site RealLifeTennis.com, que permite o acesso a instrução técnica e à vida dos jogadores no circuito profissional.