E se não houver Grand Slam em 2016? "Ok", diz ele
A paixão pelo desporto que aos 16 anos o fez colocar definitivamente de parte a hipótese de ser um craque da bola é tanta que, aos 34 anos, Roger Federer continua a jogar, sobretudo, por amor à camisola. Acabado de aterrar em Brisbane, Austrália, para disputar o primeiro torneio do ano, o tenista suíço falou das suas expetativas para a temporada de 2016.
E se as mudanças visam o sucesso futuro, a verdade é que o número três mundial não vive obcecado com a conquista do 18.º Major. “Seria incrível vencer outro Grand Slam”, admitiu Federer aos jornalistas australianos. “Pode acontecer ou não, e se não ganhar, ok. Não há problema. Estou contente com a forma como estou a jogar”.
O finalista de Wimbledon na época transata diz que “o ano passado foi o ano do Novak [Djokovic]”. “Estive perto [de vencer um Major] e joguei realmente bem, mas não sinto qualquer tipo de frustração por não ter conseguido. Já conquistei tanto na minha carreira e há tantos outros objetivos para alcançar”, acrescentou.
Federer entrou em 2015 a vencer em Brisbane, conquistando o título com a sua vitória número 1000 da carreira, e espera repetir a proeza na próxima semana. “Adoro vencer títulos e quero ganhar aqui outra vez. Vencer o 1000.º encontro foi muito emocionante. Ter Roy Emerson e Rod Laver a assistir foi muito bonito para mim, ter partilhado esse momento com tanta gente”.
Ano novo, treinador novo
Para tentar levantar a taça novamente na prova australiana, o titular de 17 títulos do Grand Slam terá a ajuda de Ivan Ljubicic, que substitui Stefan Edberg na equipa técnica do suíço. “Conheço o Ivan muito bem e gosto da forma como ele é direto e diz o que pensa. Jogou com muitos dos jogadores com que jogo e conhece bem o meu jogo por ter jogado contra mim. Vai estar comigo nesta primeira semana e estou ansioso para ver como corre o torneio”, salientou o suíço.
Federer é o primeiro cabeça-de-série do ATP 250 de Brisbane que tem início na segunda-feira e que conta ainda com Kei Nishikori e Milos Raonic, finalista no ano passado.