Dzumhur conquista sexto Challenger de 2024 na Maia e sucede a Borges
Damir Dzumhur celebrou a conquista do sexto e último título da temporada ao vencer a sétima edição do Maia Open, o ATP Challenger 100 que a Federação Portuguesa de Ténis e a Câmara Municipal da Maia organizaram de 24 de novembro a 1 de dezembro no Complexo de Ténis da Maia.
Numa final entre dois dos jogadores mais cotados do elenco, Damir Dzumhur (106.º do ranking ATP depois de já ter sido 23.º) levou a melhor sobre o italiano Francesco Passaro (114.º) por 6-3 e 6-4 em 82 minutos.
“Talvez ele tenha começado um pouco tenso, mas no segundo set subiu o nível e foi muitas vezes para a rede. Jogou um ténis mais agressivo e acho que sabia que era a única forma de me vencer porque esta semana joguei muito bem. Não cometi muitos erros nem dei muitos pontos de borla, mas ao mesmo tempo fui suficientemente agressivo sempre que tive hipóteses”, refletiu no final.
“Foi muito importante manter-me calmo nos momentos importantes. Não tive pressa, não cometi erros e em certas momentos esperei que fosse ele a cometer os erros, porque quando jogas um ténis mais agressivo é mais fácil que sejas tu a errar nos momentos importantes”, acrescentou o tenista de Sarajevo, que tinha assegurado a entrada no quadro principal do Australian Open com a presença na final e ao conquistar o título — sexto do ano e 14.º da carreira em 24 finais Challenger, aos quais junta três títulos ATP — e assim negou ao adversário de Perúgia a estreia no top 100 mundial, relegando-o para o qualifying do primeiro torneio do Grand Slam do próximo ano.
Mais solto na final por já ter concretizado o grande objetivo da semana, o experiente jogador de 32 anos lidou bem com a tensão do encontro e entrou logo a todo o gás, selando um primeiro parcial com três breaks e ainda mais chances para dilatar.
Passaro entrou com tudo no segundo set para inverter a desvantagem, fez o break logo a abrir e apareceu mais afoito, investido na rede à mínima oportunidade e embalado pelos compatriotas de Erasmus na cidade do Porto que marcaram presença na Maia ao longo de toda a semana.
Só que a capacidade defensiva e a habilidade de Dzumhur marcaram a diferença em mais uma final de gala para selar uma temporada de sonho: os seis títulos no circuito Challenger traduzem-se num recorde em 2024 e só são superados pelos oito de Tallon Griekspoor em 2021, igualando o registo de outros cinco jogadores.
“Foi o melhor final de ano possível. Estou muito feliz e significa muito para mim. Provavelmente é um dos resultados que mais aprecio em toda a minha carreira”, finalizou, de partida, ansioso por regressar a casa e finalmente celebrar.