Draper revela a chave contra Alcaraz: "Me olhei no espelho no final do segundo set"

Draper revela a chave contra Alcaraz: “Me olhei no espelho no final do segundo set”

Por Pedro Gonçalo Pinto - março 16, 2025

Jack Draper carimbou o avanço para a final do Masters 1000 de Indian Wells ao levar a melhor diante de Carlos Alcaraz – que havia vencido as duas últimas edições do torneio. O britânico vai lutar pelo troféu contra Holger Rune, mas se mostrou muito orgulhoso desde já pela vitória sobre o espanhol, que também garantiu a entrada no top 10.

“Antes de jogar contra ele também tinha dúvidas. Neste nível, tenho sempre medo de perder contra um destes jogadores e acho que isso me dá uma vantagem competitiva porque sei quão bem eles jogam. Especialmente contra os melhores, a crença em você mesmo é muito importante. Estou certo de que muitos vão para a quadra pensando que não podem ganhar deles. Eu passei a semana toda vendo o Carlos jogar e pensava que estava incrível, mas acreditava que podia, pelo menos, criar problemas. No início do jogo vi-o com energia baixa, cometendo muitos erros. Foi uma loucura. Tomo como um elogio que tenha ficado nervoso por minha causa”, começou por afirmar.

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A verdade é que tudo mudou e Draper teve que viver um momento que diz ter feito toda a diferença. “A sua energia estava baixa no primeiro set. Arrastou isso para o início do segundo, mas não consegui vencer aquele game. Então sofri o momento. Este era um grande jogo para mim. Sabia que se ganhasse entrava no top 10 e jogar contra o Carlos te faz sentir algumas coisas. A minha energia desapareceu, as pernas deixaram de funcionar. Este tipo de experiências são novas para mim. Quando fui ao vestiário, no fim do segundo set, me olhei no espelho e disse que tinha que me recompor, que não havia tempo para estar cansado nem pensar em estar mal, que faltava muito por jogar e que ele também estava sentindo coisas”, concluiu. Dito e feito.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt