Dolgopolov está na guerra: «Não me tornei no Rambo mas atiro à cabeça três em cinco vezes»
Em 2018, Alexandr Dolgopolov realizou o seu último encontro no ATP Tour. Agora, o ucraniano não virou a cara à luta e também regressou à Ucrânia, numa atitude semelhante à de Sergiy Stakhovsky ou Andrei Medvedev. O antigo top 20 mundial relatou tudo o que se passou e como voltou ao seu país para combater a invasão russa que dura há 20 dias. E Dolgopolov levou a questão tão a sério que até treinou o uso das armas para estar pronto.
“Quando esta guerra começou eu estava na Turquia. Cheguei lá um dia antes de começar e levei a minha irmã e a minha mãe, porque percebi o que podia estar prestes a acontecer”, começou por destacar Dolgopolov numa detalhada publicação no Instagram, onde explica que depois se juntou a um grupo de norte-americanos para viajar de regresso à Ucrânia com o máximo cuidado possível.
“Percebi que nos primeiros dias ia haver muito pânico e o melhor a fazer seria deixar o mundo saber a verdade e reunir dinheiro para o nosso exército. Ninguém num país livre tem dúvidas sobre quem é o agressor. Nessa altura já tinha começado a praticar tiro e tive muita sorte em contar com a ajuda de um ex-soldado durante cinco ou sete dias. Não me tornei no Rambo numa semana, mas estou bastante confortável com armas e consigo atirar à cabeça em três de cada cinco tentativas, a uma distância de 25 metros e num ambiente de treino, calmo”, referiu o ucraniano.
“Tenho muito respeito e estou muito orgulhoso pelo povo ucraniano, que está unido perante a pressão de um ditador louco. A verdade está connosco e esta terra é nossa! Vou ficar em Kiev até a vitória ser nossa!”, rematou.