Djokovic radiante com triunfo sobre Tsitsipas: «Ainda ganho estes encontros aos mais novos»
Novak Djokovic começou o duelo com Stefanos Tsitsipas de forma arrasadora, antes de tudo se complicar e a meia-final do Masters 1000 de Paris apenas ficar resolvida no tie-break do terceiro set. Certo é que o sérvio de 35 anos levou a melhor, numa vitória que se tornou muito especial.
COMO O ENCONTRO SE COMPLICOU
Comecei o encontro da mesma maneira que nos quartos-de-final, com clarividência de ideias, estando certo do que tinha de fazer, sendo muito sólido. Sentia com muita nitidez cada pancada, então controlei muito bem o primeiro set, ao vencer por 6-2. No início do segundo tive oportunidades, com vários 0-30 para fazer o break. Ele jogou bem aí, serviu bem e puxou mais o público. Foi aí que o encontro virou. Tive um jogo muito mau e isso junto ao facto de ele ter começado a estar com mais confiança fez com que tivéssemos de ir ao terceiro set. Tive as minhas hipóteses de quebrar cedo, mas no 4-4 e 30-40 fiquei sem ar.
VITÓRIA MUITO ESPECIAL
Senti-me muito orgulhoso de ter feito parte de um ambiente tão magnífico como o que se viveu neste encontro. Significa muito para mim poder jogar contra um dos melhores do Mundo nesta ronda. Com a minha idade tem um enorme valor poder competir, ter uma exigência desta maneira e ver que ainda consigo ganhar este tipo de encontros. Ainda estou aqui com os jovens jogadores, sou capaz de ganhar encontros muito equilibrados contra eles. Significa muito para mim mentalmente.
DUELO COM HOLGER RUNE
Conheço-o muito bem porque temos treinado juntos em superfícies diferentes. Gosto muito dele. É um grande rapaz, com uma excelente família. Tem grande ética de trabalho, merece muito ter sucesso. Não há dúvidas de que Rune vai ser o futuro deste desporto com o Alcaraz e alguns outros rapazes. Mas espero poder atrasar o seu primeiro título Masters 1000. Somos muito bons amigos. Só jogámos no US Open e desde então melhorou bastante. Fisicamente está em forma, é muito jovem e a bola está a andar muito. Não tem nada a perder também. De certa forma, o seu jogo faz-me lembrar o meu, com uma esquerda sólida com boa defesa. É muito competitivo e deixa o coração em cada ponto.