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Djokovic explica porque parou com as imitações: «Alguns olhares nos balneários começaram a ser questionáveis»
Enquanto ainda andava pela Ásia a somar títulos e mais títulos, Novak Djokovic sentou-se à conversa com Andrew Stevens, editor da Ásia/Pacífico da CNN, para abordar temas que vão desde o final da sua carreira até à importância dos Grand Slams. O número um mundial explicou ainda porque é que, afinal, deixou de fazer as tão mediáticas imitações dos seus principais adversários.
A alcunha de Djoker não vem por acaso. Nos tempos em que Novak Djokovic teimava em não chegar ao topo da hierarquia mundial, devido a um duo composto por Rafael Nadal e Roger Federer, era comum ver o sérvio vestir a pele dos seus principais rivais e imitá-los dentro ou fora do court, uma prática que entretanto se perdeu no tempo.
Questionado pela CNN, Djokovic explicou que decidiu parar pois poderia estar a ser mal interpretado pelos seus colegas:
“Senti que alguns olhares nos balneários começaram a ser questionáveis. Senti que aquele era o limite, a altura para parar, porque não queria arriscar a relação de respeito que tinha com os jogadores, especialmente os grandes rivais. Não o fazia para gozar com eles mas para fazer as pessoas rir. Sempre o fiz desde os cinco anos e estou contente que a maioria das pessoas o tenha entendido nesse sentido, mas chegou uma altura em que era suficiente.
Já sem as famosas imitações, o jogador de 28 anos tem destronado qualquer um que se atravessa no seu caminho e diz estar a viver a melhor temporada da sua carreira, o que leva muitos a colocá-lo na lista dos melhores de sempre.
“É muito complicado comparar gerações e as pessoas continuam a discutir sobre quem é o melhor de sempre“, comentou Djokovic, “não é fácil pois a tecnologia é diferente, hoje é mais físico, há mais talento, mais toque. Não é comparável, mas ser mencionado no mesmo campo que o Rod Laver e que os melhores de sempre é muito bom para mim e dá-me motivação para continuar”.
Djokovic confessou que o seu principal objetivo em cada temporada passa por vencer os Grand Slams, já que “o teu nome fica escrito com letras douradas nos livros de história do ténis” assim que se vence um dos quatro maiores torneios do ano. “No meu caso foi Wimbledon”, explicou o sérvio sobre que em que torneio teria mais interesse em vencer, “e ser capaz de atingir esse sonho de vencer Wimbledon foi um sonho tornado realidade. Estou a viver o meu sonho neste momento”
Por ninguém caminha para novo, Novak Djokovic diz que ainda não tem planos para sair da rotina do circuito profissional mas espera que, quando o fizer, as pessoas se lembrem de si “não só como um campeão mas como alguém que teve um tremendo respeito pelo desporto e carregou o nome do desporto da melhor maneira enquanto foi número um, tanto dentro como fora do court”. Tendo em conta a sua atual forma, não é difícil prever que abandonar o ténis é algo que não vai acontecer tão cedo.
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