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Dinara Safina: «As pessoas vão sempre lembrar-se que eu nunca ganhei um Grand Slam»
Dinara Safina esteve de regresso a Madrid, agora como representante da WTA Tour. A russa, que realizou o derradeiro encontro da sua carreira na capital espanhola em 2011, admitiu que era impossível dar a volta às dores crónicas que sentia, por altura do anúncio da sua retirada em 2014.
“Não tenho saudades de entrar em court e jogar. Não é fácil esquecê-lo. De toda a forma, eu fui contactada pelo mundo do ténis, fui treinadora meio ano (na New York Academy) e também estive a trabalhar para este torneio (Madrid)”, adianta a ex-número 1 mundial.
“Sinto saudades do ambiente e das pessoas”
Quando confrontada acerca do qual mais sente falta, agora que está fora do circuito, Safina não tem dúvidas. “Do ambiente e das pessoas. O sentimento de entrar no court cheia de adrenalina com o apoio da multidão. Na vida não vives estas coisas outra vez. Como treinadora estes nervos voltam, mas não é como quando jogas e enfrentas um match point”.
Os problemas físicos da russa foram um tema central da entrevista, com Safina a admitir que foi especialmente azarada ao longo da sua carreira. “Tudo depende da intensidade e do tipo de lesão que tens. Por exemplo, não tive sorte com a minha zona lombar e isso podia ter prejudicado a minha vida. Se fosse o cotovelo ou o braço podia ser operada, mas problemas nas costas podem ser muito perigosos”.
Por fim, Safina não esconde que o facto de ter sido número 1 sem nunca ter ganho um Grand Slam (a exemplo de Caroline Wozniacki) é algo que a vai perseguir para sempre. “As pessoas vão lembrar-se sempre disso. Tinha sempre muita vontade de ganhar, mas não aproveitei as minhas hipóteses. Mas está bem, a minha vida não seria melhor ou pior se tivesse conquistado um”, refere a russa que alcançou duas finais em Roland Garros e uma na Austrália.
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