De Minaur: «Não deve haver mais ténis este ano, vou precisar de conversar muito com o meu psicólogo»

De Minaur: «Não deve haver mais ténis este ano, vou precisar de conversar muito com o meu psicólogo»

Por José Morgado - abril 16, 2020
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Tennis – Australian Open – Second Round – Melbourne Park, Melbourne, Australia, January 16, 2019. Australia’s Alex De Minaur during a break in the match against Switzerland’s Henri Laaksonen. REUTERS/Adnan Abidi / Tennis – Australian Open – Second Round / X90166 / ADNAN ABIDI / TENNIS-AUSOPEN/ / [SPO TEN] / MELBOURNE

Alex De Minaur, que aos 21 anos é um dos jovens craques do circuito ATP, está em Espanha a passar a sua quarentena. O jovem australiano mudou-se para Espanha aos 6 anos, com os seus pais, e passa boa parte do ano no país vizinho (ainda que a sua residência fiscal seja nas Bahamas…), um dos mais afetados pela pandemia do coronavírus.

“Têm sido semanas muito complicadas. Em Espanha estamos há mês e meio em confinamento e vai durar mais duas. Depois disso penso que poderemos finalmente sair, treinar um pouco e no meu caso provavelmente ter de ir para as Bahamas, que oficialmente era onde deveria estar por ser lá a minha morada”, confessou o jovem, que está em Alicante, numa entrevista para a ESPN Argentina.

De Minaur não acredita que o ténis volte em 2020. “É um desporto muito complicado de retomar. Até pode estar tudo bem num país, mas será que um país que consegue controlar o vírus vai ter as fronteiras abertas para todos os outros? E todos os países vão deixar viajar os seus cidadãos para todo o lado? É isso que me faz pensar que não deve haver ténis até ao final do ano”.

Demon reafirma a importância que o seu psicólogo vai ter neste processo. “Vou precisar muito dele nesta fase, vai ser importantíssimo. Neste momento estamos com os nosso trabalhos interrompidos durante o confinamento. Faço treino físico e vou falando com a minha equipa para ver o que devo ou não fazer diariamente.”

Numa conversa em que contou ainda o episódio mais caricato da sua carreira, Alex considerou ainda que esta longa pausa não favorece ninguém, mas é um pouco menos má para os jovens. “É mau para todos, pois todos vamos recomeçar do zero, sem ritmo e sem nada, mas a verdade é que os mais jovens são menos afetados porque têm o tempo do seu lado”.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com