De esposa de Gastão Elias a mulher dos sete ofícios: os projetos de Isabela Miró por amor ao ténis
Não se lembra de como nasceu o gosto pelo ténis, mas tem a certeza de que sem ele não seria tão feliz. Isabela Miró, mulher de Gastão Elias– ou mulher dos sete ofícios -, acumula ideias na área da modalidade e o seu mais recente projeto concretiza sonhos daqueles que, tal como ela, amam o ténis, dando a possibilidade de viajar até aos maiores torneios do Mundo. Chama-se Faberg, uma empresa “muito conceituada no Brasil” da qual tem orgulho de fazer parte.
“É uma agência especializada em criar experiências inesquecíveis nos maiores eventos desportivos do Mundo. Só no ténis são nove destinos incríveis que incluem os maiores torneios. Não vendemos só os bilhetes, mas também dividimos a nossa experiência em cada evento”, começou por dizer Isabela, em entrevista ao Bola Amarela, realçando o facto de que quem trabalha na empresa também beneficia de algumas experiências.
“Todos os pacotes incluem acompanhamento da nossa equipa durante o evento: dicas, transporte terrestre e hotel. Além disso, procuramos sempre acrescentar ao pacote as experiências únicas de como jogar ténis nos campos do evento, encontro com os jogadores da atualidade ou um jantar com presença de personalidades”, revelou, sublinhando que ficou apaixonada pelo projeto logo desde o primeiro minuto.
“Entrei para a equipa no início do ano e apaixonei-me pelo que eles fazem. Estou focada na área do ténis, principalmente para os clientes da América do Sul, mas também os norte-americanos. Já viajei com clientes para o Rio Open e Miami Open este ano. Foi uma experiência incrível!“, explicou a mulher de Gastão Elias, que é formada em gestão desportiva na Florida Internacional University, nos Estados Unidos.
“Esse curso permite-me trabalhar com o ténis dentro e fora dos courts. Gosto muito da parte de eventos”, explicou. E dentro dos courts o que é que faz? É professora. Dá aulas em Miami a alunos de todas as idades, mas admite que é com as crianças que se diverte muito. No entanto, sublinha que quer deixar a exigência da profissão para quando tiver um “mini Gastão”.
“Tenho pessoas de várias idades, não consigo decidir-me e não sei do que gosto mais. Divirto-me muito com as crianças e dá-me prazer ver a evolução delas, mas com os adultos consigo bater a bola normalmente e jogar pontos. Acabo a treinar com eles. Sobre ser treinadora, o circuito exige muita dedicação e tempo. Estou numa fase em que quero fazer mil coisas [risos]”, rematou Isabela, filha de Gisele Miró, campeã brasileira que chegou a participar nos Jogos Olímpicos.
“Aos três anos já passava a bola por cima da rede”
Sempre quis seguir os passos da mãe e “aos três anos já passava a bola por cima da rede”. Isabela Miró não esconde que o seu desejo era ser tenista profissional, mas aos 18 anos decidiu continuar a estudar nos Estados Unidos, sentindo que não conseguia atingir os “parâmetros irreais” aos quais a sua mãe chegou de forma tão precoce.
“Fui número um do Brasil em todas as categorias de base, mas o facto de ela ter sido top 100 WTA tão cedo, aos 17 anos, deu-me um parâmetro irreal, pois eu ainda estava longe disso aos meus 18 anos. Decidi continuar a estudar e a jogar college tennis nos EUA”, confessou.
Hoje em dia, é feliz a fazer o que faz e, quando Gastão Elias joga, “às vezes fico muito mais triste do que ele”. É o amor… pelo ténis e não só.