Court num descampado, drones e quatro top 60: arrancou mais um torneio de exibição na Florida

Court num descampado, drones e quatro top 60: arrancou mais um torneio de exibição na Florida

Por José Morgado - maio 8, 2020
boca-raton

Com o circuito profissional parado até 13 de julho — pelo menos — algumas das principais estrelas do ténis mundial continuam a tentar encontrar forma de competir, em diversos eventos de exibição um pouco por todo o Mundo. Um dos conceitos mais interessantes arrancou esta sexta-feira em West Palm Beach, na Florida, onde quatro jovens tenistas de grande nível estão a competir num torneio organizado pela UTR, uma plataforma universal de ‘rating’ tenístico, que hierarquiza os tenistas de todos os níveis segundo os seus resultados.

A prova está a ser realizada num court privado, no meio do nada — até as vacas fizeram uma visita — e conta com um elenco de luxo: Hubert Hurkacz (29.º ATP), Reilly Opelka (39.º), Miomir Kecmanovic (47.º) e Tommy Paul (57.º), tudo jovens craques sub-23. Matteo Berrettini, número oito mundial e que tal como os outros quatro está a cumprir o seu ‘isolamento’ na Florida, desistiu nos últimos dias devido a lesão.

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O primeiro encontro desta experiência trouxe naturalmente algumas novidades: o sistema de pontuação é diferente (melhor de três sets até aos 4 jogos, com tiebreak a 3-3 e sem vantagens), há apenas um operador de câmara em court — as restantes são controladas à distância e há até um drone –, não há juízes de linha ou apanha bolas (em court está apenas o árbitro de cadeira e de máscara) e nem sequer há direito a cumprimento junto à rede, com os tenistas a tocarem apenas com as raquetas. Hurkacz, vencedor do primeiro encontro, ainda brincou saudando o público… inexistente!

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“É bom estar de volta à competição. Foi divertido voltar a defrontar outro jogador depois de dois meses”, confessou o polaco de 23 anos, que falou ainda da situação rara de não ter público em court. “Acredito que haja muita gente a ver em casa e espero que as pessoas se tenham divertido. É muito difícil jogar sem público, mas tentei focar-me nas minhas coisas, no meu jogo. Tentei imaginar que elas estavam a desfrutar do ténis em casa.”

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Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com