A conversa com Nadal que fez Murray tomar a decisão mais importante da sua carreira

Com pai, com o avô ou com o irmão mais velho? Ao lado, bem ao lado. A sábia conversa que Andy Murray recorda como tendo sido a responsável por mudar o rumo da sua vida e o colocar no trilho do pináculo do ténis foi tida com um pouco vivido, mas esclarecido, Rafael Nadal, numa altura em que qualquer um dos dois estava ainda longe do circuito profissional.

“Ele praticamente não falava inglês e eu quase não falava espanhol”, disse o número um mundial ao jornalista Graham Bensinger, recordando o seu primeiro encontro com o maiorquino. “Mas eu perguntei-lhe sobre como é que ele treinava e com quem treinava em Espanha”, continuou.

“Ele treinava várias horas por dia com o Carlos Moya, antigo número um do mundo e vencedor de Roland Garros. E eu treinava apenas algumas horas por semana com o meu irmão. Foi então que percebi que se queria atingir o próximo nível e tornar-me profissional tinha de me mudar. Foi essa uma das principais razões que me levou a ir para Espanha”, revelou Murray.

Ele era de longe o melhor jogador […] Era melhor do que todos os outros lá

Sem querer perder tempo, o franzino escocês de 15 anos mudou-se de malas e bagagens para Barcelona, para treinar na Sánchez-Casal Academy. “Eu era muito competitivo já naquela idade e por isso percebi que não teria oportunidades suficientes na Escócia. Era impossível. Por causa do tempo, do número reduzido de courts e a escola limitava o meu tempo de treino”.

Ciente das limitações, presentes e futuras, o jogador de Dunblane viu em Nadal um modelo a seguir. “Ele era de longe o melhor jogador. Tem mais um ano do que eu e era melhor jogador do que todos os outros lá. E isso acontecia porque tinha ótimos treinos com os jogadores de topo e passava tempo suficiente no court”.

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