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Confronto de estilos na vitória de Halep em Madrid
Fui num estádio ainda na ressaca do 50º confronto entre Rafael Nadal e Novak Djokovic, que a final do WTA Premier de Madrid começou. Simona Halep, campeã em título, era a principal favorita perante uma Kristina Mladenovic em franco crescimento, num confronto de estilos. A romena baseia o seu jogo na consistência, já a francesa apresenta um estilo mais atacante.
Desde o início se percebeu que muito do que pudesse acontecer estava mais do lado da consistência (ou falta dela) de Halep. O break madrugador por parte de Mladenovic foi a confirmação disso mesmo, com a francesa a castigar e a saber aproveitar a entrada menos feliz da romena.
Mas tal como o ambiente no recinto, muito favorável a Halep, a número 8 mundial também foi começando a entrar na partida, mais ligada e a não cometer tantos erros não forçados. Não só começou a acertar nos seus jogos de serviço, como também foi capaz de responder ao break de Mladenovic, algo tão importante em partidas frente à francesa. O empate manter-se-ia até ao décimo primeiro jogo do set, altura em que a maior frescura de Halep fez a diferença, num parcial que já havia ultrapassado a hora de jogo.
O início da segunda partida foi algo estranho. Halep rapidamente se colocou com um break à maior perante uma Mladenovic a denotar alguns problemas nas costas. Contudo, quando tudo parecia indicar uma caminhada tranquila de Halep rumo à revalidação do título, a francesa reagiu. Com uma capacidade defensiva acima da média e aproveitando muito bem os segundos serviços da adversária, Mladenovic conseguiu reentrar na luta.
Com tudo empatado, a caminhada até ao tie-break foi relativamente simples, com ambas as jogadoras a garantirem com alguma facilidade os seus jogos de serviço. No desempate, foi Mladenovic a impor-se, com pontos dignos de registo e onde conseguiu ferir Halep onde é mais forte, ao não ter medo de levar o jogo para trocas de bola mais longas. Previa-se um terceiro set muito disputado.
Assim não foi, e a descarga emocional de um excelente segundo parcial aliada a algum défice físico, contribuíram para uma menor qualidade de Mladenovic no set decisivo. Aí, a experiência e a maior frescura de Halep fizeram a diferença, com a romena a fechar a partida num desequilibrado 6-2.
A romena conquistou o décimo quinto título da sua carreira, o primeiro da temporada e o segundo consecutivo em Madrid, assumindo-se como uma jogadora a ter em conta em Roland Garros. Já Mladenovic perde a sua segunda final consecutiva, depois de Estugarda. No entanto, as indicações que tem deixado são bem animadoras para a jovem de 23 anos. Pode ter perdido, mas mostrou que já se bate de igual para igual com as melhores do mundo.
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