Como limpar barcos mudou O’Connell: «Quando me sinto mal lembro-me desses tempos»
Christopher O’Connell é o quarto cabeça-de-série do Oeiras Open 2 e um dos grandes favoritos à vitória final. O australiano já tem o seu lugar garantido nos quartos-de-final e, em conferência de imprensa, falou de uma história curiosa de vida que lhe mudou completamente a perspetiva. Ora, tempos houve em que O’Connell andou a limpar barcos, algo que o faz gostar ainda mais do ténis.
“Muitos jogadores só conhecem o ténis, então para mim voltar ao mundo real e ter um emprego normal, sem jogar ténis, colocou a minha vida no ténis em perspetiva. Em algumas semanas fora não estou a desfrutar, a ter derrotas difíceis, mas na verdade isso ainda é melhor do que estava a fazer a limpar barcos. Quando me sinto mal, lembro-me desses tempos e penso que é bem melhor. Deixa tudo em perspetiva”, confessou.
Questionado sobre como é a vida de um australiano que joga tanto na Europa e em terra batida, O’Connell respondeu com um sorriso. “Gosto de jogar na Europa porque é tão fácil, há tantos torneios. E gosto de jogar em terra batida. Não há muitos australianos que gostem de jogar em terra. Estar longe de casa não me incomoda assim tanto. Adoro ténis e jogar torneios todas as semanas é a minha profissão, gosto muito disto”, explicou.
Além de confessar que espera que o Oeiras Open 2 seja um ponto de viragem na temporada, O’Connell falou ainda da surpreendente retirada de Ashleigh Barty, a sua compatriota. “Fiquei surpreendido, mas ao mesmo tempo nem tanto. Ela já conseguiu tanto. Mas sei que ela adora muitos outros desportos. Não fico surpreendido se tentar golfe ou futebol australiano. É tão talentoso e um ícone do desporto australiano”, admitiu.