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Como é que Dimitrov recuperou o seu melhor ténis? Vallverdú explica
A grande época de Grigor Dimitrov é um dos grandes destaques da temporada de 2017. O búlgaro, eterna promessa do ténis mundial, confirmou em definitivo o seu nome junto dos grandes. O jogador de 26 anos tem como melhores resultados o título em Cincinnati – foi o primeiro troféu de categoria Masters 1000 da carreira – e, mais recentemente, a conquista das ATP World Tour Finals – igualmente uma estreia -. Como recompensa, Dimitrov entrou ainda, pela primeira vez, no top 3 do ranking ATP.
E se há alguém com ‘culpas’ no sucesso do ‘Baby Federer’, esse alguém é Daniel Vallverdú, treinador de Dimitrov. Numa entrevista ao jornal AS, o técnico, que se juntou à equipa no verão de 2016, admitiu que o seu pupilo estava a atravessar um momento complicado. “Ao princípio foi duro, mas quando tens um tenista com a sua capacidade, tudo fica mais fácil. Só tens que te centrar em recuperar a confiança. Sabes que o ténis está presente. O meu objetivo era trabalhar as suas armas e fazer com que se sentisse cómodo com as coisas que sabe fazer bem. Depois fomos incorporando aspetos, simplificando ao máximo o seu plano de jogo. Assim, a sua confiança regressou”, comentou.
É público que o novo número 3 mundial, até se focar em definitivo no ténis, esteve sempre associado a várias notícias extra-modalidade. Para Vallverdú, limpar a cabeça do seu jogador foi primordial. “Quando era jovem teve que passar por muitas coisas e aprender o que era bom ou mau para ele. Agora, o seu entorno está bastante limpo e não tem nada, fora do ténis, que o chateie. O Grigor deu conta de que para estar ao nível a que está agora, o entorno fora do ténis tem que estar o mais limpo possível. O que dás a este desporto, ele devolve-te. Fez isso muito bem neste ano e está a ter a sua recompensa”, analisou.
E para se atingir um determinado objetivo, é necessário trabalho… muito trabalho. “Começámos a praticar o serviço e a direita, que são as suas pancadas mais contundentes. Depois, trabalhámos a sua capacidade física e a velocidade em court. É um tenista muito rápido, capaz de defender muito bem e fazer bolas impossíveis”, referiu o técnico venezuelano.
A comparação a Roger Federer sempre foi algo presente na carreira de Dimitrov. Por vezes, tanta pressão num jovem pode ser prejudicial. “Assimilar algo assim, em jovem, é difícil. O nível dos dois não tem nada a ver. São jogadores totalmente distintos, dentro e fora do campo. No início, custou-lhe a assimilar essa comparação mas agora cresceu e não tem problemas com isso”, esclareceu Vallverdú.
Outro dos fatores que permitiu a Dimitrov reencontrar o seu melhor ténis foram os treinos realizados com Rafa Nadal, na sua academia em Maiorca, durante o verão de 2016. Para o treinador de 31 anos foi algo essencial na recuperação do seu tenista. “Um tenista conseguir treinar com alguém como o Rafa é muito valioso. Dá-te uma noção clara de como um tenista se deve comportar e quais são as suas prioridades. Estamos muito agradecidos. Esses dias ajudaram muito o Grigor“, confirmou.
Quanto à próxima temporada, a expetativa é alta. “Creio que para o ano vai ter grandes oportunidades de fazer excelentes resultados. A linha em que vai agora seguir, como mínimo, será o nível a que está agora ou quem sabe, um pouco melhor”, afirmou, deixando os pontos a trabalhar para 2018. “Tem que melhorar na parte em que perde o nível num par de jogos do encontro. Isso fez com que a vitória tenha escapado nos encontros com o Nadal, onde jogou olhos nos olhos“, concluiu.
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