Cilic: «Não conhecia o Nuno Borges mas tenho é de pensar em mim»
Marin Cilic bateu Carlos Alcaraz num dos encontros mais interessantes na primeira ronda do Millennium Estoril Open. O próximo obstáculo para o número 42 do ranking ATP é o português Nuno Borges, um jogador que o croata não conhecia antes de vir para Portugal. Cilic ficou impressionado com o que viu frente a Jordan Thompson, mas confessa que se preocupa mais… consigo próprio.
“Não o conhecia antes de vir para cá. Vi o encontro dele com o Thompson um pouco e vi que ele está a jogar um bom estilo em terra batida. É sempre assim com os jogadores portugueses, que lutam muito. Tem um serviço sólido e bom jogo na linha de fundo. Depois do primeiro set começou a jogar ainda melhor. Mas, nesta altura, tenho é de pensar em mim próprio e tentar jogar simplesmente o meu jogo bem. Vai ser importante servir bem e fazer o meu jogo”, confessou o croata de 32 anos, em conferência de imprensa.
Certo é que Cilic ficou rendido ao que Alcaraz mostrou, tendo o prodígio espanhol apenas 17 anos. “Em termos de estilo de jogo, não está muito longe de Pablo Carreño Busta. Carlos tem uma direita melhor e o Pablo uma esquerda melhor. Tendo 17 anos e já com este tipo de jogo que tem, ele só vai melhorar com encontros deste nível. Definitivamente vai ficar cada vez melhor e vai levantar voo. Juan Carlos Ferrero é um grande treinador para ele nesse sentido. Pode melhorar em algumas partes, mas já parece um tenista profissional e a jogar muito bem a este nível”, atirou.
Questionado sobre se sente que pode voltar à ribalta, Cilic respondeu com uma pergunta. “Quem sabe o que vai acontecer daqui a dois anos?#8221;, atirou, garantindo que não sente “que o melhor nível esteja muito longe”. Por outro lado, aproveitou para fazer um retrato ao circuito, com muitos elogios aos jovens jogadores.
“Não consigo acreditar que sou o velho! Passou tudo muito rápido. Ainda tenho objetivos parecidos aos dos últimos anos. Quero aproveitar o tempo da melhor maneira, sinto-me bem fisicamente, não tenho problemas, o que é ótimo. Queria ter mais vitórias e estou a trabalhar nisso. É um processo. Sinto que o circuito mudou em relação a 2017 ou 2018 porque agora temos muitos jovens e estão a jogar grande ténis, a evoluir semana após semana. Tsitsipas e Rublev, nos últimos 18 meses, têm ganho tantos jogos. Shapovalov, Aliassime… Nem consigo dizer todos. É ótimo para o ténis porque abre horizontes. Novas caras aparecem para se misturarem com os mais velhos. Quando os mais velhos se retirarem o ténis vai estar em boas mãos”, rematou.