Cilic: "Muita gente me perguntou por que raios queria passar por isso tudo outra vez"

Cilic: “Muita gente me perguntou por que raios queria passar por isso tudo outra vez”

Por Pedro Gonçalo Pinto - novembro 7, 2024
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Marin Cilic já foi top 3 mundial e tem um título de Grand Slam e, aos 36 anos, podia ser mais fácil colocar um ponto final na carreira depois de ter operado duas vezes o joelho. Mas a verdade é que isso não impediu o croata de lutar e de já estar de volta ao top 200.

“Muita gente perguntou-me por que raios queria passar por isso tudo outra vez depois de tudo o que fiz na minha carreira. Me aposentar ou continuar estava bem, mas tive uma grande temporada de retorno em 2022, fiz semifinais de Roland Garros, tive um grande US Open, um bom Australian Open e azar em Wimbledon, com Covid. Mas lesionei-me”, afirmou ao Tennis Majors.

Mas Cilic garante que não se sentiria bem consigo mesmo se tivesse parado. “Não teria sido fiel a mim mesmo se tivesse acabado agora. Fui muito profissional ao longo da minha carreira toda. Sempre treinei bem, fiz planos com muito cuidado, nunca joguei muitos torneios para manter uma boa forma física. Parar só porque tinha que passar por cirurgia? Queria voltar ao circuito. Felizmente, a situação na minha família é boa e senti uma enorme motivação de todos para continuar”, destacou.

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Cilic revelou ainda o momento em que decidiu passar por uma segunda cirurgia no joelho e o que aconteceu até ao título em Hangzhou. “Em março de 2024 decidi ser operado de novo, não podia continuar assim. Se fosse preciso 12 meses de recuperação, que fosse. Estava conformado. Comecei a ler muito, a falar com médicos, li centenas de artigos científicos sobre meniscos e cartilagens. Decidi ir aos Estados Unidos para a segunda operação e fico muito feliz porque depois ficou tudo normal. O joelho reagiu muito bem e a partir daí preparei-me para voltar lentamente. O título em Hangzhou chegou mais pela minha mentalidade do que por jogar incrivelmente bem. Joguei muito bem os momentos de pressão”, rematou.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt