Checa que ficou sem visto explica tudo: «Não quero perder tempo nesta guerra política»
Renata Voracova foi a tenista que acabou por sofrer efeitos colaterais do que se passou com Novak Djokovic. A checa ficou sem visto depois de até ter feito um torneio de preparação já em Melbourne, sendo colocada em isolamento no mesmo hotel do número um do mundo. Mas ao contrário de Nole, Voracova não quis insistir e vai mesmo voltar para casa sem disputar o Australian Open.
“Não posso dizer que tenham sido maus para mim, mas não estava preparada para o que aconteceu. Senti que estava num filme de ação! Houve muitas escoltas, incerteza…”, começou por referir, em entrevista ao ‘Idnes’, precisamente a partir desse quarto.
Voracova explicou como tudo aconteceu, incluindo a entrada na Austrália numa primeira instância. “Olharam para os meus documentos cuidadosamente, mas não se mostraram incomodados nunca. Os serviços de fronteiras deixaram-me ir logo. Só fiquei com autoridades de Victoria que enviaram os meus documentos para algum sítio, mas depois confirmaram a minha entrada no país sem problemas”, revelou.
A checa de 38 anos confessou ainda que não interpôs qualquer recurso. “Não sei se a minha presença ia mudar alguma coisa. Espero que Djokovic tenha sucesso em tribunal. No meu caso, tudo ia demorar mais uns dias e não quero perder tempo nesta guerra política que está a acontecer por trás de tudo. O governo encontrou um vazio legal no protocolo de Victoria por causa do Djokovic”, atirou.
Voracova não está vacinada e detalhou a sua exceção médica, sustentando também o porquê de não estar vacinado. “Andei ocupada. Planeei fazê-lo nas semanas depois da época e infelizmente apanhei Covid-19 mesmo nessa altura. Não havia marcações para vacinas e tive de voar para a Austrália na semana seguinte. Não sou contra a vacinação como Djokovic. Os nossos casos são muito diferentes”, rematou.