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Bublik: «Não quero um filho tenista. Eu não tive escolha…»
Alexander Bublik, número um do Cazaquistão e uma das figuras mais polémicas do ténis mundial, viveu no último domingo mais um dia diferente na sua carreira, ao ‘entregar’ uma final ATP, em Metz, a partir de meio do segundo set diante de Lorenzo Sonego. O cazaque, que não é propriamente um grande apaixonado pela sua profissão, admite que não a aconselha a ninguém… nem aos seus filhos (o primeiro nasceu há pouco mais de um mês).
“Não sei de que forma a paternidade pode mudar a minha vida. Ainda nem há 40 dias em que fui pai. O que sei é que tudo o resto perde importância e tudo se relativiza. Se me dizem que tenho de jogar às 11 horas da manhã em terra batida, não há problema nenhum. Tenho de dar um bom exemplo ao meu filho. Mas sinceramente não quero que ele seja tenista. É uma vida dura, repleta de viagens. Há gente que só quer ter água potável e por isso acha que eu não valoriza a vida que tenho, mas o meu problema é que eu simplesmente não gosto desta vida. É tão simples quanto isso. Não a desejo para o meu filho. Desejo que ele faça as escolhas dele, pois eu não pude escolher”, assumiu Bublik em entrevista à revista cazaque ‘Clay’, irónico tendo em conta a sua aversão à terra batida, da qual ele não fugiu durante esta conversa.
“Não gosto da superfície, mas valorizo cada vez menos essas coisas e tento jogar em todo o tipo de condições. É como digo: desde que o meu filho nasceu em agosto que a minha perspetiva em relação a essas coisas e aos pequenos detalhes da vida mudou por completo”.
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