Brasil não pára de acreditar: «Ainda estamos vivos, podem ter a certeza disso»

Brasil não pára de acreditar: «Ainda estamos vivos, podem ter a certeza disso»

Por Pedro Gonçalo Pinto - setembro 16, 2022
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O Brasil entrou mal na eliminatória do Grupo Mundial I com Portugal na Taça Davis. Os canudinhos viram Felipe Meligeni Thiago Monteiro perderem com João Sousa Nuno Borges, respetivamente, mas a confiança do capitão Jaime Oncins não ficou minimamente abalada.

JAIME ONCINS

Não preciso de encontrar forças, sei a força que a equipa tem. São cinco jogos. Nunca se sai contente por estar a perder por 2-0 a ir para o segundo dia, mas saio contente com a entrega que os jogadores tiveram. Faz parte. O que quero é que entrem em court e deem 100 por cento, mas ainda estamos vivos, podem ter a certeza disso.

Acho que agora, na verdade, é assimilar esses dois jogos, ver o que aconteceu de coisas boas e más, centrar, conversar e fazer a cabeça para amanhã. Como falei antes, é duro, é difícil, mas só quem vem para uma Taça Davis sabe a intensidade e que faz parte. Agora é resfriar a cabeça, deixar passar esta meia hora, em que se tem ressentimento, e depois começar a preparar a cabeça para amanhã. Todos são profissionais e é preciso fazer a cabeça para amanhã.

THIAGO MONTEIRO

Foi um jogo muito duro, mais de três horas. Já tinha jogado com o Nuno e na outra vez foi parecido mas noutra superfície. Faltou aproveitar as chances que tive no segundo set. Baixei um pouco de intensidade e não fiz o break para me impor. No terceiro ele já jogou melhor. Mas eu fiz o break, não confirmei e ele devolveu muito bem. Foi muito equilibrado. Ele é muito sólido e agressivo, bem difícil de defrontar. Mas acredito que faltou ter sido um pouco mais contundente em certos momentos chave do jogo. Foi mais agressivo no terceiro set, conseguiu boas bolas e venceu no final. É uma derrota dura, mas amanhã começa tudo de novo. Vamos lutar até ao final.

Acredito que nós os dois somos bem sólidos e agressivos. Há muitas trocas de bola e é muito no detalhe. Deixou o jogo encaixado e mais duro. Acho que ele consegue também puxar essa energia do público, mesmo quando senti que estava com intensidade um pouco abaixo. Voltou para o encontro e na Taça Davis, onde as pessoas se entregam totalmente, é normal acontecer. Infelizmente não consegui a vitória, mas dei tudo o que podia e amanhã, se voltar ao court, quero fazer coisas melhores do que hoje.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt