Bónus, contratos e (muito) dinheiro. Joga-se por muito mais do que títulos e ranking na fase final do ano
Estamos na reta final da temporada. Faltam menos de duas semanas para terminar o circuito regular ATP e há muito mais em jogo do que os títulos destes últimos eventos de 2017. Para a grande maioria dos jogadores, a reta final do ano é de pressão adicional na soma de pontos para terminar o ano no top 5, no top 10, ir às WTA Finals ou atingir determinado tipo de objetivos pessoais que ajudem a melhorar as condições contratuais junto de marcas e patrocinadores.
É que ao contrário do que muita gente possa pensar, a grande maioria dos contratos publicitários assinados pelos jogadores variam conforme aquilo que vão fazendo dentro do court. A Nike, por exemplo, é conhecida por oferecer bónus milionários aos seus jogadores quando alcançam conquistas relevantes, mas também chama muitas vezes os jogadores para renegociar por baixo quando estes têm fortes quedas nos rankings.
John Tobias, empresário de Sam Querrey, admitiu em entrevista ao ‘The New York Times’ a importância que tem esta ponta final de temporada. “Para um empresário, é totalmente diferente negociar um jogador que é número 10 de outro que é número 11. Faz muita diferença em termos de contratos e bónus das marcas”.
Uma situação bem semelhante vive John Isner. “As marcas e os próprios diretores de torneios dão muito valor ao ranking de final de temporada. Interessa pouco se passaste pelo top 10 durante um determinado número de semanas ao longo do ano. O que interessa é mesmo o ranking no final da temporada”, confessou também ao ‘New York Times’ o empresário de Isner, Sam Duvall.
Mas há sempre quem esteja imune a isso, até porque dinheiro nunca voltará a ser problema. Tony Godsick, empresário de Roger Federer, garante que a programação do suíço está imune a bónus. “O Roger jamais pensou em jogar determinados torneios por uma questão de bónus monetários ao longo do ano. Ele nunca faz isso”.