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Bela: «Não me canso de ganhar, os meus filhos vivem do que faço»
Fernando Belasteguín dispensa grandes apresentações. Número um mundial há 15 anos consecutivos, impressiona ainda mais, se é que é possível, pela capacidade de continuar a vencer e a mostrar motivação para jogar uma modalidade que nunca teve, até hoje, alguém capaz de lhe fazer verdadeiramente frente.
Aos 22 anos, o argentino atingiu o topo do ranking mundial. Aos 37 anos, por lá continua. “Passou tudo muito rápido”, comenta Bela, em entrevista ao ‘El Diario Vasco’, por ocasião do Keler Euskadi Open. “Começo a valorizar a minha trajetória quando me dizem o número de anos que ando nisto e os torneios que já disputei. Pensar que até agora nunca houve ninguém capaz de o conseguir é algo que aprecio mas sei que vou desfrutar mais quando já não jogar. Agora só penso nos aspetos a melhorar para a próxima época. Pelo menos sei que até 2033 não haverá outro louco a conseguir fazer o que eu fiz. E até lá, tenho muito tempo para desfrutar…”, acrescentou entre risos o número um mundial.
Apesar de não ter nenhum adversário que ameace o seu domínio, Belasteguín garante não sentir falta de motivação, nem espírito competitivo. “O padel é um desporto em que todos os fins de semana jogamos o que comem os nossos filhos. Se isso não é motivação suficiente, não encontras em mais nenhum sítio. Tal como quando me perguntam se não estou cansado de ganhar. Não estou. E aquele que responder o contrário não vou acreditar. Nós temos essa necessidade porque os nossos filhos vivem do que fazemos. Enquanto eu puder e o padel profissional me permitir, continuarei a lançar-me de cabeça em cada ponto para conseguir a vitória”, sublinha Bela.
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