Barty: «Nunca fui a mais alta nem a mais poderosa, mas encontrei maneiras de ganhar»
Ashleigh Barty está à procura do seu primeiro título no Australian Open e já se encontra nos oitavos-de-final, onde vai medir forças com Amanda Anisimova. A número um do Mundo apresenta-se em grande forma em Melbourne Park, mas foi uma pergunta fora da atualidade que acabou por levar Barty a fazer uma análise interessante ao seu ténis.
“Para mim foi um desafio desde pequena. Nunca fui a mais alta nem a mais poderosa, mas encontrei maneiras de ganhar. Deu-me a hipótese de utilizar mais ferramentas para neutralizar o que me faltava. À medida que tive mais potência, também soube selecionar quando tinha de jogar de uma forma ou outra”, analisou.
Havia enorme expectativa para um duelo entre Barty e Naomi Osaka na quarta ronda, mas a japonesa foi eliminada, algo que, na verdade, não deixou a australiana chocada. “Era vossa a expectativa de que eu jogasse contra a Osaka. A minha era que fosse com quem tivesse de ser. Cada encontro é incerto, não podemos dar nada por garantido. Teria adorado a hipótese de jogar contra a Naomi porque gosto muito de enfrentar as melhores. Mas está claro que a Amanda tem feito um torneio fantástico e merece estar aqui. Será um duelo emocionante”, apontou.
O que Barty não esquece é a meia-final de Roland Garros em 2019, quando deu a volta a uma desvantagem de 6-7 e 0-3 contra Anisimova numa caminhada que só acabou com o título. “Aprendi muito com esse encontro, foi um ponto de viragem na minha carreira. Vou utilizar tudo o que tirei desse encontro para a defrontar no domingo. Ainda me lembro quando estava a perder por 3-0 no segundo set. Lembro-me do que disse a mim própria e isso já me ajudou noutras alturas para resolver situações complicadas”, destacou.