Baez: «Mais do que aquilo que me pode dizer, Del Potro é uma referência»

Baez: «Mais do que aquilo que me pode dizer, Del Potro é uma referência»

Por Pedro Gonçalo Pinto - abril 29, 2022
Créditos: Millennium Estoril Open

Sebastian Baez era um rapaz muito feliz depois de bater o veterano Richard Gasquet rumo às meias-finais do Millennium Estoril Open. O jovem argentino conseguiu mais uma reviravolta no Clube de Ténis do Estoril, mas também aproveitou para falar sobre Juan Martín Del Potro, de quem costuma receber conselhos, e do que precisa de fazer para chegar ainda mais longe.

ANÁLISE AO ENCONTRO

Estou contente. Sabia que ia ser um encontro difícil porque Gasquet é um grande jogador com muita experiência e muitos jogos no circuito. À medida que o encontro foi avançando fui-me sentindo melhor, entendi como jogar e fui-me encontrando com o meu jogo. Acabo a ganhar um encontro bastante complicado.

A CAMINHO DA FINAL

Ainda falta muito. Jogo amanhã e será um encontro complicado. Ramos é um bom jogador e no ano passado ganhou aqui. Conhece o court, tem muita experiência. Já o enfrentei, mas cada encontro é um mundo novo. Vou preparar o encontro da melhor maneira possível.

INFLUÊNCIA DE DEL POTRO

Juan Martín tem uma grande relação com o meu treinador. Estão em constante comunicação. Ter um jogador assim perto é algo bom e uma boa motivação. Quando treinamos dá-me conselhos ou diz-me como me vê e isso ajuda-me a poder seguir em frente. Conseguiu muitas coisas grandes no ténis. Então mais do que aquilo que me diga ou do que fale com o meu treinador, é uma referência. Ele fez a sua carreira e eu quero fazer a minha.

COMPARAÇÕES COM SCHWARTZMAN

Vejo as coisas de cada jogador para tentar tirar para o meu jogo e melhorar. Não em especial no Schwartzman ou outro jogador qualquer. O Diego fez uma grande carreira e eu só estou a começar.

ATÉ ONDE PODE CHEGAR… E ONDE QUER CHEGAR

São duas coisas totalmente diferentes. Não sei até onde posso chegar. Creio que o meu objetivo tem de ser fazer o melhor possível e o que conseguir em cada encontro e todos os dias. Tento viver melhor as derrotas, as vitórias e acredito que o segredo passa mais por fora do court do que dentro. É algo que o meu treinador diz muitas vezes.

OBJETIVO DE RANKING

Nunca metemos uma meta de ranking, mas a certa altura há que meter um objetivo para ver se o cumprimos ou meter uma espécie de algo a alcançar. Uma das coisas era o top 50. Na próxima conversa vamos ter outro objetivo. Não sei em que ranking estarei, mas em todas as semanas se sobe, desce, defende-se pontos. Ter entrado agora não me garante nada… É um resultado de muita coisa e muito trabalho. É uma consequência e fico contente por ir conseguindo coisas passo a passo.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt