Badosa faz reflexão: “Não se pode exigir que todos sejam lendas”
Paula Badosa foi número 2 do mundo até que uma insistente lesão nas costas a travou. Agora de volta e aprendendo a reconstruir a sua carreira, a espanhola fez uma série de reflexões interessantes em uma entrevista intimista.
“Aprendi a ter muita paciência e a aceitar as coisas que não posso controlar, como uma lesão grave. O aprendizado mais importante foi ser forte, superar-me todos os dias e aceitar estar bem com o que não posso controlar, que é muito neste esporte. Algo que me serve para a vida. O que me faz lutar diariamente é a paixão pelo que faço. Ainda assim, há uma parte de mim esgotada por superar uma pedra após outra no caminho”, confessou, em entrevista à revista Elle.
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Badosa apontou ainda um dos pontos mais duros do tênis. “Ao contrário de outras profissões, no tênis é preciso amadurecer enquanto você ainda é muito jovem. Deve crescer muito depressa e a cabeça não acompanha. A pressão pode ser prejudicial para o futuro. É preciso normalizar que os esportistas fracassam, falham e têm maus momentos. Não se pode exigir que todos os tenistas sejam lendas”, defendeu.
Por fim, a espanhola falou sobre o seu próprio exemplo. “Sofri muito com as expectativas e as pressões. Fui muito dura comigo mesma. Precisava aprender a desfrutar porque antes só pensava no topo, em alcançar esse objetivo e para chegar lá é preciso fazer bem o caminho. Essa foi a minha grande melhoria, além do trabalho duro que estou a fazer diariamente”, concluiu.